terça-feira, 29 de maio de 2012
Quem é... aquele que ficou de fora?
Francisco Caetano Tomás, 85 anos, natural da ilha das Flores, completou estudos em Roma, entre 1947 a 1954, onde se licenciou em Teologia e Filosofia, concluindo igualmente alguns cursos de Matemática, Física e Métodos Científicos. A Psicologia é outra das áreas que aprofundou, com formações em Itália e em Inglaterra.
Em 1954 iniciou a sua carreira de docente ...no Seminário Episcopal de Angra do Heroísmo. Foi também docente de Psicologia na Escola do Magistério Primário e Educadores de Infância de Angra e na Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo.
Fez vários trabalhos sobre psicologia na rádio e na televisão, realizou diversas acções de formação para docentes e público em geral. Desde 1980 é um dos principais orientadores de cursos de preparação para o matrimónio.
Foi excluído como medalhado nas comemorações do Dia dos Açores (ontem, 28 de Maio de 2012), em virtude da oposiçao do Bloco de Esquerda regional, devida aparentemente a um artigo que o Dr. Francisco Caetano Tomás publicou no jornal "A União" em 4 de Maio de 2012.
sexta-feira, 25 de maio de 2012
Junto ao túmulo da "linda Inês"...
...dei comigo a pensar na outra, a que não era bonita, nem atraente, nem insinuante, que fez tudo o que lhe mandaram inclusivamente casar com um infante português meio ferrabraz, de quem teria três filhos e que publicamente a viria a envergonhar e desprezar - quantos saberão sequer que ela existiu? quantos irão visitar o túmulo da triste Constança Manuel, rainha de Portugal?
segunda-feira, 14 de maio de 2012
A tempestade tinha andado até agora mais para o oeste da ilha, mas hoje bateu aqui mesmo à minha porta. Chuva torrencial, terríveis descargas e trovões, a ponto de mesmo tendo tomado as minhas precauções habituais (desligar cabo, desligar telefone - e consequentemente, a internet - e desligar mesmo a corrente elétrica, às tantas, de toda a casa) não me sentia lá muito descansada, ao ouvir os estalinhos do sistema de alarme (que tem bateria autónoma) a cada relãmpago, e ponderava se não deveria mesmo ter mandado instalar um pára raios no telhado, aquando da reconstrução. Bem, ao menos o vento não está muito forte...com vento seria ainda pior.
O meu bom amigo e vizinho sr. Louro ligou-me para o telemóvel, tanto ele como a esposa preocupados comigo, se eu não teria medo dos trovões! que eu não me esquecesse de que tinham, lá em casa, quartos vazios, onde eu poderia ficar quando o medo apertasse! Declinei a sua generosa oferta, afirmando a pés juntos que não, não tinha medo nenhum, o que não era inteiramente verdade, já se vê. Qual é o ser humano que não teme o trovão, mesmo sabendo, racionalmente, que se o ouvir é porque a descarga não o atingiu e ainda está vivo?
Bem à moda antiga, fechei as portadas das janelas, acendi uma vela, puxei de um livro mesmo sem o escolher (quis o acaso que fosse "Sozinho à volta do mundo", a bela epopeia de Joshua Slocum) enquanto mentalmente ia, com meia dúzia de neurónios, examinando para cada conjunto de relâmpago e trovão o tempo que os separava, na expectativa de que este fosse aumentando. E assim parecia acontecer...li metade do livro e os olhos foram-se fechando devagar.
Quando acordei o sol brilhava, o céu azul espreitava por entre um restos de nuvens esfiapadas e o verde dos pastos e das árvores reluzia de lavado. A chuva parara, as pedras da calçada já começavam a secar.
Que é isto? É fácil a resposta: Açores, o canto de mar que tem um anticiclone no coração.
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