quarta-feira, 27 de julho de 2011

Cantaria de basalto

Quando reconstruí aquela que hoje é a minha casa, deixei à vista muitas pedras (pois que se ela era feita de pedra, que se desse por isso!). As razões pelas quais me apraz viver numa espécie de gruta de pedra, só Deus as sabe ou Freud as adivinharia, mas também não vêm agora ao caso. O que acontece é que, mesmo com desumidificação constante durante o inverno, neste clima abençoado dos Açores as pedras à vista se enchem de limos de uma bonita cor verde, mas que se entende geralmente que devem ser retirados. A maior parte das pessoas ditas normais usaria para isso um banho de lixívia; eu, porém, não fugindo à tal regra que diz que os químicos de formação e de profissão só usam produtos químicos quando não têm outro remédio, e lá terão boas razões para isso, "inventei" um processo que aplico, e passo a descrever, admitindo que há mais alguém sobre a terra suficientemente...digamos, teimoso, que o queira utilizar...Aí vai:

Material necessário: um escadote, uma trincha larga, um balde de plástico, uma escova de arame, água, detergente de cozinha, panos de limpeza, o músculo do braço e paciência de santo.

Modo de proceder: preparar uma solução de detergente e aplicá-la sobre as pedras, abundantemente, com a trincha. Em seguida esfregá-las vigorosamente com a escova de arame. Por fim enxaguar tudo com água limpa, não esquecendo o chão. Repetir quantas vezes forem necessárias.

Conclusões e recomendações: à primeira passagem com a trincha, já sairá uma parte do "verde". Com a escova de arame (prever várias, pois rapidamente se desgastam) sai o resto. O esforço do braço é o factor determinante. Precaução muito importante: cuidado com os nós dos dedos, senão a água corre vermelha e não verde.

Bom trabalho! E poucos produtos químicos, que além do mais dão cabo do ambiente (e das lindas calças pretas, no caso da lexívia).

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