Talvez eu própria viva num mundo onde reina uma certa ilusão e fantasia, o mundo onde se pensa "que as alfaces nascem nas prateleiras dos supermercados", como respondeu uma criança citadina a quem se perguntou onde nasciam as ditas. Decerto por nunca ter vivido (e meus pais também não, muito embora meus avós sim) ligada directamente à agricultura ou pecuária como vivem muitos dos açorianos, certos aspectos chocam-me como bofetadas ao ser forçada a sair de um certo romantismo que muitas vezes quem está de fora associa à vida do campo, e encarar a realidade de um modus vivendi que não deixa de ter, convenhamos, aspectos menos simpáticos. Este de manter a produção de leite à custa do nascimento de vitelos excedentários, destinados à partida a um abate sem sentido, é certamente um deles, e faz-me pensar se, e por uma razão agora já não meramente nutricional, não seria boa ideia deixarmos de ser o único mamífero que, mesmo adulto, continua a procurar proteínas fáceis e cálcio fácil no leite de uma outra "mãe".
http://ww1.rtp.pt/acores/index.php?article=7048&visual=3&layout=10&tm=5
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário