domingo, 2 de outubro de 2011

Onde? Quando?


Neste universo (mais precisamente no Bailundo) e nesta encarnação em que nos encontramos (19/10/1974). Lá estão os copos da avó, a tapeçaria na parede e António com o seu rosto triste, mas sempre fotogénico, a comprová-lo. Hilda, minha afilhada, sorri. O resto...só deve ter existido na minha imaginação. Só mesmo uma Zeiss para o poder captar.

Já chegou!

O meu diploma...


Chamo, vaidosamente, a atenção para a classificação obtida: sobresaliente (ou seja, excelente, ah ah...) Por seis meses de estudo...não está mal...

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Vento do outono

Aí vem ele, do Sul, e com rajadas que se prevêem de 80km/h...

Meu pai cantava-o assim:

O vento do outono tão triste a soprar
percorre as campinas e geme ao passar
parece chorar o verão que findou
e no desconsolo invernal nos deixou

Vento do outono contigo estou
choro as belezas que o tempo levou

E o vento segreda que tempos virão
que todas as galas nos restituirão
mas sempre nos resta a feliz impressão
dos tempos que foram e não voltarão

Vento do outono contigo estou
choro as belezas que o tempo levou

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Ó tempo...volta pra trás...


...dá-me tudo o que eu perdi...
tem pena e dá-me a vida
a vida que eu já vivi...

sexta-feira, 29 de julho de 2011

António Luís de Fraga II


Num jardim de Carmona (actualmente, Uíge) em 1968. De luto por morte de seu querido irmão Padre José.

"Meu pai eu inda estou vendo
a tua forte estatura...
não sei como pôde a morte
tombar-te na sepultura!"

(do referido irmão Pe. José, recordando o pai de ambos - meu avô. Mas aplica-se aqui.)

29 de Julho de 1909 - 29 de Julho de 2011


Meus pais em 1967.

Hoje, António Luís de Fraga II (meu pai) completaria 102 anos, se fosse vivo.

Há 35 que partiu. Nunca foi esquecido. Minha mãe foi ao seu encontro, há 18. Nunca foi esquecida.

Até um dia destes, meus pais. Porque o amor...esse não morre...tal como a esperança no reencontro!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Cantaria de basalto

Quando reconstruí aquela que hoje é a minha casa, deixei à vista muitas pedras (pois que se ela era feita de pedra, que se desse por isso!). As razões pelas quais me apraz viver numa espécie de gruta de pedra, só Deus as sabe ou Freud as adivinharia, mas também não vêm agora ao caso. O que acontece é que, mesmo com desumidificação constante durante o inverno, neste clima abençoado dos Açores as pedras à vista se enchem de limos de uma bonita cor verde, mas que se entende geralmente que devem ser retirados. A maior parte das pessoas ditas normais usaria para isso um banho de lixívia; eu, porém, não fugindo à tal regra que diz que os químicos de formação e de profissão só usam produtos químicos quando não têm outro remédio, e lá terão boas razões para isso, "inventei" um processo que aplico, e passo a descrever, admitindo que há mais alguém sobre a terra suficientemente...digamos, teimoso, que o queira utilizar...Aí vai:

Material necessário: um escadote, uma trincha larga, um balde de plástico, uma escova de arame, água, detergente de cozinha, panos de limpeza, o músculo do braço e paciência de santo.

Modo de proceder: preparar uma solução de detergente e aplicá-la sobre as pedras, abundantemente, com a trincha. Em seguida esfregá-las vigorosamente com a escova de arame. Por fim enxaguar tudo com água limpa, não esquecendo o chão. Repetir quantas vezes forem necessárias.

Conclusões e recomendações: à primeira passagem com a trincha, já sairá uma parte do "verde". Com a escova de arame (prever várias, pois rapidamente se desgastam) sai o resto. O esforço do braço é o factor determinante. Precaução muito importante: cuidado com os nós dos dedos, senão a água corre vermelha e não verde.

Bom trabalho! E poucos produtos químicos, que além do mais dão cabo do ambiente (e das lindas calças pretas, no caso da lexívia).

quinta-feira, 16 de junho de 2011

An apple a day...

...keeps the doctor away, e decerto é por causa deste ditado (e mais algumas leituras sobre nutrição humana) que eu procuro comer uma maçãzinha por dia, e de preferência mais alguma outra peça de diferente espécie de fruta, o que me deixa ainda aquém do preconizado na roda dos alimentos - roda de que tanto se fala e infelizmente tão pouco se segue.

Hoje, como habitualmente às quintas feiras, lá fui à frutaria onde me forneci de maçãs para a semana: 7, pois, correspondentes a 1,25 kg, pelas quais paguei a módica quantia de 2,19 euros. Lindas, perfeitas e coradas, embora já as conhecendo um tanto sensaboronas (o que não as impedirá decerto de possuirem todos os princípios profilácticos) cá chegaram elas do longínquo Chile, identificadas uma a uma por pequenos autocolantes.

E foi então que me meti a fazer umas contas...se metade dos açorianos, digamos pois 125000 pessoas, fizer como eu, a módica quantia transforma-se em...14235000 euros ao fim de um ano (catorze milhões! não posso crer... vou repetir o cálculo...mas não, não me enganei...) que, na sua maior parte, fará sentido que vão parar ao Chile, país produtor.

Se às humildes maçãs somarmos outras frutas que nos chegam da Colômbia, da Costa Rica, da Nova Zelândia e talvez até da Cochinchina, os já de si imensos catorze milhões de euros transformar-se-ão em...não sei. Calculo que o sr. quem de direito (aqui leia-se governo, tanto regional como central) possua dados que lhe permitam estimativas mais exactas dos rios de dinheiro que anualmente, saídos gota a gota das nossas mãos, vão parar a outros países, e só estamos a falar de algumas frutas.

Por que não virão estes pomos e outros de Portugal continental, já que os Açores os não produzem? Estas quantias mirabolantes ficariam ao menos no país! A segunda pergunta é, forçosamente, por que razão não se hão-de produzir cá...terra de bom clima, bom solo, boas águas?

E passando às sugestões depois das perguntas, a principal é que se ponha uma boa dona de casa (modéstia à parte, assim com'a mim...) neste momento à frente do Ministério das Finanças; em poucos anos, pagas as dívidas externa e interna, as algemas nos cairiam finalmente dos pulsos...e aí talvez pudéssemos ser de novo Portugal, o tal - aquele mesmo, que deu novos mundos ao mundo velho e bafiento.

Na imagem: maçãs da Beira Alta, muito parecidas com as que hoje comprei...

sábado, 11 de junho de 2011

O que é preciso...para ser feliz?

Por ordem de prioridades...

Possuir uma casa que me abrigue da chuva, do frio, dos ventos do inverno e do sol ardente dos verões, de boa construção para resistir aos tremores de terra, onde seja possível dormir de maneira cómoda, cozinhar e tomar banho; não tem de ser luxuosa, mas apenas suficiente; televisão por cabo e internet serão extras, mas muito interessantes;

Ter dinheiro que baste para comprar comida que possa cozinhar sem pretensões de gourmet, mas tão somente seguindo com o maior escrúpulo possível a roda dos alimentos (variante: a casa poderá possuir quintal suficientemente grande para que eu possa produzir a minha própria comida, em regime que seja de autosuficiência, ou talvez mesmo em ligeiro excesso que permitirá, vendido, obter dinheiro para comprar o que não consigo produzir);

Ter água de boa qualidade à disposição, e ar não poluído para respirar sem agredir os pulmões que Deus me deu;

Ter filhos, para que os meus genes, que são os genes misturados dos meus pais, possam ser transportados para o futuro;

Ter a certeza de que o meu emprego é firme e de que não o perderei a não ser que faça por isso, e de que o meu vencimento não será reduzido a valores que me não permitam manter a casa, a comida, a água, o combustível no fogão e a educação que os filhos devem receber;

Saber que não estou à mercê de delinquentes e de agressores vários, e que se dela necessitar a polícia acorrerá em meu socorro, bem como os tribunais que me farão justiça...atempadamente;

Confiar plenamente na estabilidade da minha família, e que os seus membros não encolherão os ombros perante as minhas dificuldades, formando ao invés um bastião de defesa em meu redor - como eu farei à volta deles;

Ter plena certeza de igual modo de que, se ficar doente, poderei recorrer a bons médicos e obter os remédios que me curem dos meus males, mesmo que me não me seja possível pagar da minha algibeira os tratamentos de que necessito;

Conseguir viver em paz na minha comunidade (mesmo que por vezes seja necessário combater um bocadinho) onde muitas pessoas, quase todas, me apreciam e respeitam e com quem posso comunicar expressando os meus sentimentos, tão integrada na grande família humana como na pequena sub-família que constitui o meu universo próximo;

Estimar-me a mim mesma, e saber intestinamente que não serei derrubada embora possa oscilar por momentos, confiando nas minhas próprias capacidades para conceber e realizar os meus projectos, enquanto persigo o crescimento constante da minha pessoa em independência e liberdade - sem duvidar (muito) do potencial dos neurónios que me foram distribuídos;

Ser capaz, em suma, de reconhecer que o trabalho que executei é bom, mesmo que tenha sido realizado em mais do que seis dias, e se não for bom, conseguir modificá-lo até que esteja mais perto da perfeição à minha medida...

De que mais precisarei para ser feliz? pois é, já quase me esquecia: de amar...como Jesus amou, se bem me lembro...

Decerto que alguém se aperceberá que antes de escrever estas linhas andei a rever a pirâmide de Maslow...Entretanto, há aspectos que dependerão de se ter ou não um bom governo à frente do país...colocando esses em prateleira à parte, verifico que até tenho praticamente tudo aquilo de que preciso...para ser feliz.

sábado, 4 de junho de 2011

A preguiça...

A Preguiça, inda de peito
Muito custou a criar!
Quase que morreu de fome,
Com preguiça de mamar.

Preguiça, já crescidinha,
Quando por seu pé andava,
Não era andar! mais par´cia
Que toda se espreguiçava…

Preguiça foi à lição:
Ler, escrever e contar?
Deixava a memória em casa,
Com preguiça de a levar!

Preguiça, foi confesar-se:
“Fez exame de consciência?”
“Não fiz, meu padre! mas faço-o
Amanhã … Tenha paciência.”

Preguiça aprendeu costura:
Mas, sempre que costurava,
Só para não pôr dedal,
Sempre os seus dedos picava.

Preguiça, morta de sono,
Quase de sono morria:
Só por não fechar os olhos,
Quantas noites não dormia!

A Preguiça, muito a custo,
Fez a cama, e se deitou;
Para não mais a fazer,
Nunca mais se levantou.

A Preguiça abria a boca,
Coisa em que ela era mais certa:
Mas depois – p´ra não fechar -
Ficou sempre “Bôca-aberta”.

A Preguiça e o Desmazelo
Juntaram-se em casamento:
Levando os dois, em bom dote
Uma mancheia de vento.

Preguiça teve dois filhos:
Oh que santa geração!
A mais velha, Dona Fome;
O mais novo, Dom Ladrão.

Quando a Preguiça morrer;
Até o monte maninho,
Até fraguedos da serra
Darão rosas, pão, e vinho.


(António Correia de Oliveira)

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Ainda o sr. DSK


...En 2007 aspiró a ser el líder del socialismo francés. Pero perdió en las primarias de entonces frente a Ségolène Royal. Ahora cabalgaba en todos los sondeos aunque en las últimas semanas se habían hecho públicas ciertas informaciones sobre su tren de vida de millonario que debilitaban su imagen: paseos por París en el Porche Panamera de 100,000 euros de un amigo, trajes de modistos exclusivos de 30,000 euros, cocinas de 100,000 incrustadas en palacetes del siglo XIX en Marraquech…

Hummm...que socialista este! faz-me lembrar aquela senhora de Santa Maria, referida por Jacinto Monteiro, que usava vistoso saiote colorido debaixo das roupas negras de viúva...

Porque será que os partidos não expulsam, meramente, gente desta, e doutras, das suas fileiras?
Talvez pensem (parafraseando alguém...) que somos todos imbecis?

E já agora: o novo modelo da Porshe (PP diesel) tem chegada a Portugal prevista para o próximo mês de Agosto, sendo proposto entre nós por 104 299 euros.

Lá bonito é ele. Mas...o meu carrinho, humílimo ao pé deste brinquedo de luxo, também o é afinal...e até anda...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Socialização

Uma jovem é agredida brutalmente por duas colegas, com pontapés nomeadamente na cabeça e no rosto, enquanto um quarto filma o espectáculo, perante as risadas de vários;
Outra jovem esfaqueia com um X-ato uma colega, e um rapaz que (vá lá!) que acorre em defesa da vítima;
Um recruta da marinha é agredido e humilhado por meia dúzia de colegas, enquanto mais uma vez alguém filma a graça.

Isto, o que se soube, e na última semana.

Todos andaram, ou andam, em escolas públicas.

A escola serve (ao menos) para socializar?

Viva o ensino doméstico.

domingo, 22 de maio de 2011

Que se passa connosco?

DSK foi acusado, por uma humilde empregada de limpeza de um hotel, de agressão no domínio sexual. É (era) um homem poderoso, o segundo mais poderoso sobre a terra depois de Barak Obama, segundo se diz. Ao invés de, imediatamente, ser levantada uma muralha de compassiva solidariedade ao redor da desgraçada vítima, que não só é mulher, como também é pobre, de ascendência africana e talvez até infectada com o vírus da sida, no sentido de ser de algum modo compensada pelos maus tratos e humilhação sofridos, levanta-se isso sim uma rebuscada teoria da conspiração, segundo a qual o “pobre senhor" é que estará a ser vítima de um complot destinado a impedir que possa concorrer em França às próximas presidenciais, e põem-se detectives em campo mas para esquadrinhar todos os possíveis podres no passado e no presente da infeliz senhora.

Repete-se um sem número de vezes que DSK tem direito à presunção de inocência – enquanto se parece esquecer que, neste caso, a presunção da inocência do atacante corresponde inteiramente à presunção da culpa da queixosa, que, estando o primeiro inocente, se teria então queixado sem motivo, ou com inconfessáveis motivos, sendo pois a culpada - de difamação e calúnia. A “presunção de inocência” não se aplicará, pois, a ela? Só a ele? Porquê, porque é homem – por um lado – e poderoso, por outro?

E porque o anterior é de facto insustentável, até para mentes meio apodrecidas, surge agora a variante de que terá havido de facto relacionamento sexual com a empregada do hotel, mas consentido por esta.

Piedade pelo “pobre” DSK vejo-a em todo o lado, na França então nem se fala, mas mesmo em Portugal, mesmo nos blogs, mesmo no facebook – enquanto a piedade pela mulher que entra num local para cumprir o seu dever e é atacada por uma besta psicótica surge muito diminuta, mesmo pontual.

Até Miguel de Sousa Tavares pareceu, em entrevista que ouvi, lamentar a forma à farwest com que os cowboys americanos trataram DSK, colocando-lhe algemas nos pulsos e não o desviando da humilhação pública – o que seria abrigar da tempestade o semeador dos ventos. Advogados e juristas escrevem “ que bastaria ter-lhe retirado o passaporte” “não era necessário exibi-lo perante a imprensa”, constatando o seu ar abatido, o rosto mal barbeado, que parece – numa inversão para mim incompreensível de sentimentos - suscitar-lhes mais compaixão do que asco.

As próprias esposas do dito indivíduo, a actual tanto como a ex, saem em sua defesa, procedimento pouco congruente aliás com o próprio passado de pessoa que conta com vários deslizes sexuais, de conhecimento público, no seu curriculum. Porque o fazem? Não posso responder, mas é certo que (parafraseando a corajosa jornalista Gioconda Belli, cujas palavras transcrevi abaixo) não deveriam deixar que a solidariedade, mesmo para com o actual ou ex marido, se transforme em conivência, em encobrimento.

Que se passa connosco? Já não sabemos distinguir a grande probabilidade da remota possibilidade teórica, o preto do branco, o bem do mal?

No meio disto tudo...surge alguma luz, mas proveniente dos States que aliás várias vezes me têm dado má imagem de si como país. A justiça americana actuou depressa, e de modo imparcial – tanto se lhe fez que DSK fosse um homem mundialmente conhecido, poderoso e rico, ou o mais apagado dos operários de uma fábrica; actuou às claras, mas sem alarido, retirando discretamente o indivíduo da cabina de um avião onde a sem vergonhice ainda o levara a atirar, minutos antes de ser preso, piropos ao posterior de uma hospedeira; colocou-lhe algemas, como colocaria em qualquer estivador acusado do mesmo, e força-o agora a usar uma pulseira sinalizadora e a estar vigiado dia e noite, como perigosa godzilla que tudo leva a crer que é.

E enquanto a família vai procurando caríssimos apartamentos ainda numa exibição do seu poderio económico, para conforto do “pobre infeliz” na prisão domiciliária, um humilde habitante do mal afamado bairro Bronx é quem me conforta a mim, com as suas palavras notáveis: aqui é New York...esse homem aqui não é poderoso...

É pois igual aos outros: God bless America.

Perdoa-me, Portugal, minha pátria querida que nunca quis abandonar, mas se soubesse então o que sei hoje teria emigrado para lá. Sem sombra de dúvida.

Burras de carga, bestas de nora?

Transcrevo na íntegra, dando os meus parabéns à autora:

El triste espectáculo de la complicidad de algunas esposas

22/05/11

Por Gioconda Belli, ESCRITORA NICARAGÜENSE

Difícil saber si Dominique Strauss-Kahn es culpable o inocente, pero, definitivamente, si yo fuera su mujer, no saldría a defenderlo.

La complicidad de las esposas, ese tan femenino impulso de escudar al marido de las consecuencias de sus actos, no deja de ser un espectáculo casi tan triste como el de estos hombres que abusan de su poder y sus privilegios .

Ya en 2008, Anne Sinclair, la esposa de Dominique Strauss-Khan, optó por no darse por ofendida y barrer bajo la alfombra la revelación de que su esposo había sostenido relaciones con una empleada del FMI, siendo él presidente de la institución. Cuando el domingo pasado la policía detuvo a Strauss-Kahn en la cabina de primera clase de Air France, luego de que la camarera del Hotel Sofitel donde estuvo hospedado, lo acusara de haberla forzado sexualmente, no sólo Anne Sinclair, sino la ex esposa de Strauss-Kahn negaron la posibilidad de que él fuera culpable de semejante desliz .

En 2003, cuando Arnold Schwarzsenegger se postulaba para gobernador de California y la prensa tímidamente reveló que el candidato tenía en su haber varios episodios de acoso sexual, su esposa María lo defendió. “Pueden escuchar cualquier cantidad de cosas negativas y pueden escuchar a gente que nunca ha conocido a Arnold … o pueden escucharme a mí cuando les digo que yo no estaría frente a ustedes si este hombre no mereciera las mejores calificaciones como ser humano”.

Con este espaldarazo de la esposa – una Kennedy ni más, ni menos- Arnold se convirtió en gobernador de California. La semana pasada, apenas cuatro meses después de que se le venciera su período, explotó el escándalo: resulta que el gobernador había tenido un hijo con el ama de llaves que trabajó en su casa por veinte años.

María y ella estuvieron embarazadas al mismo tiempo , conviviendo a diario en la misma casa. Ahora, la Shriver, humillada tras la confesión del marido, lo ha dejado y él ha tenido que explicar públicamente el entuerto.

¿Qué motiva a estas esposas a salir armadas de sonrisas ante los medios a defender a estos hombres poderosos? Hillary Clinton le salvó el pellejo a su marido Bill cuando, siendo candidato, la prensa destapó su relación con Jennifer Flowers. En vez de escarmentar, el hombre volvió a las andadas con Mónica Lewinsky y tuvo que pasar gran parte de su presidencia ocupado en protegerse de las consecuencias de ese desliz.

El caso más dramático en esta liga de mujeres defensoras de los actos indefendibles de los maridos es el de Rosario Murillo, actual primera dama de Nicaragua , quien en 1998, cuando su hija acusó a Daniel Ortega de abusarla sexualmente desde los once años, en vez de apoyar a la hija, tomó el lado del esposo y hasta le pidió al pueblo de Nicaragua en un acto público que la perdonara por la clase de hija que había tenido. Fue una actuación verdaderamente insólita en una madre , pero que le valió a Rosario Murillo una cuota de poder desmesurada en la actual administración de su marido.

Como mujer no puedo más que rechazar la complicidad de estas esposas que facilitan las carreras políticas de sus esposos, a menudo a sabiendas de que, tarde o temprano les tendrán que sacar otra vez las castañas del fuego. Si las mujeres queremos que cambien las reglas del juego, no podemos confundir la solidaridad – esa hermosa y muy femenina cualidad- con el encubrimiento .

Para que los hombres cambien, nosotras también debemos cambiar esa arcaica costumbre de sufrir en silencio y apañar los abusos de los hombres que queremos . No hay poder que valga el respeto que nos debemos a nosotras mismas y a nuestras congéneres.

sábado, 21 de maio de 2011

Psicóticos?

http://www.facebook.com/#!/home.php?sk=group_105146502906220

Este é um grupo no facebook criado por admiradores do "sítio onde as costas mudam de nome" da menina Pippa Middleton.
Dada a abundância de fotos, também olhei e vi, parecendo-me que o dito "sítio" era bastante parecido com qualquer outro correspondente, noutra jovem qualquer.
Possivelmente - e parafraseando Nero (em Quo Vadis, the movie) não terei hormonas para o apreciar assim tanto...

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Psicótico?


http://www.excelsior.com.mx/index.php?m=nota&id_nota=738071

"¡Bonito culo!", le dijo Strauss-Kahn a una azafata antes de ser detenido...

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Programa Novas Oportunidades é “trafulhice”, diz Medina Carreira 2009-12-09

Vale a pena ler:
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1442460&page=1

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Com e? ou com i?

Eduardo Catroga, do PSD, disse um palavrão; acesa a polémica à volta de um assunto que ainda se assume como relevante num país desmoralizado, em pré bancarrota e "governado" por quem detém o tutu nas suas bem fechadas mãos (manda quem pode, e obedece quem deve, nunca o ditado foi tão apropriado) repórteres e políticos deitaram-se como gatos a bofe ao disparate, e nas reportagens escritas tanto o grafam, os primeiros, com "e" como com "i", afinal.

Desconheço se o novo acordo ortográfico admite agora as duas formas para o mesmo termo, mas nos tempos em que estes se distinguiam uns dos outros por terem etimologia e significados diferentes, logo grafias diferentes, p...com "e" e p...com "i" eram coisas bem diferentes. Eu bem que tentei discernir, vendo e ouvindo os vídeos que por aí pululam, o que é que o imprudente sr. Catroga terá de facto dito, mas nao consegui chegar a uma conclusão definitiva.

Quer-me parecer, porém, que o terá dito com "e", pois p...com essa vogal além de poder significar pêlo pubiano, ou pêlo do pente, tem como segunda acepção "qualquer coisa pequena ou de escassa importância, sem valor", decerto o significado no contexto.

Seja como for, é sempre um termo "chulo", o que além do sentido bem conhecido do termo como substantivo pode também significar grosseiro, baixo, rústico, rude - como adjectivo.

Porque com um "i", a ignóbil palavra designa apenas uma espécie de pintassilgo, na ilha da Madeira, e era de esperar que senhores jornalistas - profissionais da palavra, nomeadamente escrita - soubessem disto, ou pelo menos folheassem de vez em quando o José Pedro Machado, que foi o que eu fiz.

E para não dar razão ao sr. Catroga, fico-me por aqui, que é para não perder mais tempo com p...(o quê? pensam que eu caio nessa?) pormenores de escassa importância.

De escassa importância, pelo menos se compararmos um lapsus linguae com as verdadeiras patifarias com as quais, aparentemente, nem (alguns) jornalistas nem (alguns) políticos estão grandemente preocupados.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Mas estes romanos estão mesmo loucos?


'A LUTA É ALEGRIA'

De noite ou de dia, a luta é alegria
E o povo avança é na rua a gritar.
E traz o pão e traz o queijo e traz o vinho
E vem o velho e vem o novo e o menino
E traz o pão e traz o queijo e traz o vinho
E vem o velho e vem o novo e o menino
Vem celebrar esta situação e vamos cantar contra a reacção.
Não falta quem te avise "toma cuidado"
Não falta quem te queira manter calado
Não falta quem te deixe ressabiado
Não falta quem te venda o próprio ar.
De noite ou de dia, a luta é alegria
E o povo avança é na rua a gritar.
E traz o pão e traz o queijo e traz o vinho
E vem o velho e vem o novo e o menino
E traz o pão e traz o queijo e traz o vinho
E vem o velho e vem o novo e o menino
Vem celebrar esta situação e vamos cantar contra a reacção.
A luta continua quando o povo sai à rua!


Que meninos tão rabinos! Com que então paródias aos tempos de luta! Porquê, acham que era a brincar? Ou tempo de comezainas?

Então digam-me lá: sabem o que é uma bazooka? um morteiro? um canhão sem recuo? balas tracejantes? Já viram alguma destas coisas? Eu vi-as, e tive mesmo algumas a disparar a muito poucos metros da minha casa...e até dentro do meu pátio traseiro. Sabem o que é não ter comida? nem remédios? nem cigarros? nem gasolina? Não haver gás nos fogões nem alfaces no mercado - nada? A penúria durou semanas, até que um carregamento de leite em pó e papinhas Cerelac nos salvou. Algum dos vossos carros já andou com petróleo de candeeiro e diluente de tintas? Decerto que não. O meu andou.

Sabem o que é perder todas as coisinhas, humildes, sem dúvida, mas que se tinham acumulado durante várias vidas, e que incluiam, nomeadamente, a colecção completa dos discos do Zeca Afonso (o original), e regressar à terra natal de botas fora dos pés de tão inchados, cinco mil escudos cambiados numa mão, um bebé na outra, sem emprego à vista, sem futuro à vista, e o pensamento de que no meio da hecatombe ainda éramos uns sortudos por termos escapado com o pêlo e a família intactos? Já provaram disto? Já se vê que não. A vós tão somente o vinho, o queijo, o pão e a alegria...que não pode ser da verdadeira luta.


Brincalhões, é claro, a parodiar.
Mas quem é que mandou estas palhaçadas para a Eurovisão?
Ainda não estaremos suficientemente achincalhados perante a Europa?

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Cinquenta anos depois ...

Cinquenta anos depois, reecontrei uma senhora de quem fui colega, personagem central aliás de um escrito meu, muito magoado e que muito me custou escrever, seja dito.

Nesse in illo tempore éramos alunas da quarta classe, e ela apresentava, como se diz hoje, algumas dificuldades de (ou na) aprendizagem. Jamais perceberei estas subtis diferenças entre "na" e "de", que alguns defendem existir.

Foi ela a primeira pessoa que eu vi apanhar reguadas na mão (chamavam-se "bolos", na altura) por ter feito erros no ditado. Até então, eu não tinha frequentado a escola pública (nem privada) mas sim o ensino doméstico, onde não tinham lugar semelhantes actos de violência demencial.

Não sei o que a M.M. (chamemos-lhe assim) trouxe dentro de si, da sua quarta classe, além de uma boa dose de pancadas e humilhações; quanto a mim, nesse ano aprendi várias coisas interessantes, como por exemplo a mentir, dissimular, aldrabar a senhora professora e defender-me também de pancadas com pancadas - não da mestra, que esta nunca me bateu - mas de outros.

Abençoado seja o ensino doméstico.

Hoje a M.M. não apanharia reguadas, embora de alguma humilhação, já do foro psicológico, se não livrasse decerto. Hoje passaria de ano sem saber nada das matérias, numa injustiça diferente mas igualmente danosa, e num futurível em que viesse a ser minha explicanda olharia para mim com os seus olhos tristes, sem saber que responder à questão em mim recorrente: mas então, menino/menina, um metro quantos milímetros tem? tal como hoje o fazem os meus reais explicandos, alunos do ensino secundário. Como lá chegaram, é mistério, mas só para quem não acompanhou o processo.

Mas que treta de ensino (oficial) foi, e é, este?

sábado, 7 de maio de 2011

Haverá fumo sem fogo?

O deputado e vice-presidente da bancada do PS Ricardo Rodrigues, que há um ano furtou os gravadores de dois jornalistas da revista Sábado durante uma entrevista, decidiu processar judicialmente a revista e os dois jornalistas, pedindo uma indemnização de 35 mil euros por "danos não-patrimoniais sofridos".
Acusado recentemente pelo Ministério Público de atentado à liberdade de imprensa, na sequência de uma queixa da Sábado, Ricardo Rodrigues alega que a publicação da entrevista violou os seus "direitos de personalidade", o "direito ao bom-nome e reputação", tendo "manifestamente ultrapassado o direito de informar".

Contactado ontem pelo PÚBLICO, o deputado recusou fazer declarações sobre o caso, alegando tratar-se de uma questão do foro privado. "Não faço declarações sobre as minhas acções privadas e não acho que isso tenha relevância pública. Trata-se de um assunto que compete aos tribunais resolver", declarou, afirmando que retirou a "imunidade parlamentar para tratar desse assunto de forma privada e não pública".

Foi com alguma surpresa que Maria Henrique Espada, que, com um colega seu, o entrevistou, recebeu a notícia que o deputado tinha processado a revista. "A entrevista foi precisamente há um ano e por isso acho surpreendente que o tenha feito agora. Não sei o que é que o motiva, mas é pelo menos surpreendente", disse a jornalista ao PÚBLICO.

O deputado admite que concedeu a entrevista sem colocar quaisquer condições relativamente aos temas a abordar. No entanto, ter-se-á sentido desconfortável com as perguntas efectuadas - que, do seu ponto de vista, terão levantado suspeitas sobre a sua idoneidade. Após a publicação, refere o parlamentar, voltou a "reviver toda a situação em que se viu envolvido em 2003" e "sentindo o mesmo embaraço e vergonha que então tinha sentido". Refira-se que nesse ano, Ricardo Rodrigues apresentou a sua demissão do governo regional dos Açores na sequência de rumores que circulavam na região sobre a sua alegada participação numa rede de pedofilia que ficou conhecida como o caso Farfalha. Na queixa refere ainda que foi "alvo de comentários na Assembleia da República por parte de membros dos partidos da oposição ao Governo que lhe fizeram notar que, se calhar, em virtude das suspeitas lançadas pelos jornalistas, não estava à altura de exercer as funções que exerce nas comissões parlamentares". Queixa-se também de ter sido "alvo de chacota pelo alegado facto de, tal como diz o artigo publicado, dar a entender ter estado durante toda a entrevista de olhos postos nos gravadores dos jornalistas, preparado para os retirar".
(do Público de hoje)

Mas não foi "só" isto. Também, a certa altura, foi suspeito de estar relacionado, de algum modo, com uma célebre fraude envolvendo a agência da Caixa Geral de Depósitos de Vila Franca do Campo.

Até pode este senhor estar inocentíssimo no que diz respeito a estas duas graves suspeitas; os tribunais não o condenaram, o que não estou certa se prova alguma coisa ou não... mas que lhe seja dado o benefício da dúvida.

Mas de uma acusação, que agora lhe faço (a ele como a outros) não se poderá porém livrar, como outros também não poderiam: como ousou, sendo um advogado, aceitar o cargo de Secretário Regional da Agricultura e Pescas? Que entende um advogado de agricultura ou de pescas? Como ousaram propô-lo para esse cargo os que prepararam as listas em que os eleitores afinal votaram?


De que maneira e com que critério votam os portugueses (quando não ficam em casa sem ir votar)? Procuram saber em "quem" estão a votar? Confiam cegamente nos partidos da sua preferência? Quando atingirão, como eleitores, finalmente a adultez?

(E já agora, veja-se também http://aventar.eu/2009/11/16/ricardo-rodrigues-um-deputado-com-pergaminhos/
ou http://alertaconstante.blogspot.com/2009/12/ricardo-rodrigues-vice-presidente-da.html)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Tanto trabalho!


Há muito que me queixo do aspecto (que a maior parte das pessoas aceita como coisa sem remédio) de não haver frutas nem legumes, nos mercados locais, que não venham de fora. E de facto é de fora que vêem; já lá vão os tempos do Mercado da Graça, cheio de coisas boas (de cá...); o mercado ainda existe, mas já não o frequento, embora presumo que continuará a estar cheio de coisas...de fora, que muitas vezes só são boas no aspecto, um pouco à maneira das dálias, e pouco mais.

A vendedora da frutaria local já se habituou às minhas queixas constantes e agora até já faz coro com as ditas.

Na semana passada, uma caixa cheia de esplêndidas cenouras chamou a minha atenção, e enquanto as escolhia e colocava num saco perguntei, com uma réstea de esperança: e estas? são de cá? dado que na caixa não era referida a origem. Não senhora, são do continente...bem, ao menos, não são da Colômbia, pensei eu. E a vendedora foi acrescentando: a sra. sabe? Eu já tive cenouras de cá, mas a pessoa que as cultivava deixou de o fazer, porque segundo disse dava muito trabalho limpá-las...

De imediato de lembrei dos versos tão velhos:

A preguiça e o desmazelo
juntaram-se em casamento
levando os dois em bom dote
uma mão cheia de vento...

Já não me lembro de todas as quadras, mas muito bem da última, que sempre me arrepiou:

A preguiça tem dois filhos
oh que santa geração
a mais velha é D. Fome
e o mais novo D. Ladrão!


Pois é, Portugal. António Correia de Oliveira foi saneado como poeta, e há-de haver quem o julgue e o diga "um poeta menor", se é que não lhe desconhecem meramente a existência.

Por esta e por outras agora tens de te entender com o FMI e mais com quem te vem governar, dado que não sabes nem queres nem consegues governar-te a ti mesmo.

Que vergonha.
"
P.S. Semeei couves "penca de chaves" e outros mimos, na minha pequena horta.

Amigo...


Onde estiveres...não te esqueças de nós!

sábado, 30 de abril de 2011

Quem será?

Presently living in S. Miguel island (Açores), Maria Antónia Esteves is a portuguese teacher and musicologist born at Flores island (Açores). Her divine voice incarnates by singing local traditional songs not only the spirit of the Archipelago of Açores (Azores) and its people, but also the portuguese sea travelling adventure. User-contributed text is available under the Creative Commons By-SA License and may also be available under the GNU FDL.

Mas...quem o pôs no Governo? Não fomos nós?

http://www.abc.es/20110327/economia/abcp-antipatico-contra-todos-20110327.html
(Nós, salvo seja, que eu cá não, decerto...)

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Justificar ou não...eis a questão

"Sinal dos tempos: Hoje um aluno universitário, durante um exame, muito aflito disse à sua professora "como é que eu posso justificar a minha resposta? no word eu sei mas a escrever à mão...." - Não é ficção é realidade e o aluno é de um curso de Química"- de um post no facebook.

Comigo passou-se um pouco ao contrário: tendo eu redigido afanosamente o texto de uma acta, entreguei-o à directora de turma, que me disse não estar bem o texto pois faltaria justificá-lo; e eu, em assomos de estupidez: justificá-lo como? eu estava na reunião, foi isto que se passou...

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Vejamos, por exemplo...(continuação II)

Quanto ao total de vagas abertas pelos estabeecimentos de ensino superior, entre 1ª e 2ª fases (alguns estabelecimentos oferecem apenas uma fase de candidatura) e sempre em 2010, os números são os seguintes:

Licenciaturas em:

Educação Ambiental e Cultura do Património: 60 vagas

Educação Ambiental: 105

Educação Artística: 32

Educação Artística e Cultural: 25

Educação Cultural e Artística: 20

Educação Física e Desporto: 782

Educação Física e Desporto Escolar: 56

Educação Física Desporto e Lazer: 15

Educação Física Saúde e Desporto: 30

Educação - Intervenção Educativa: 25

Educação Musical: 201

Educação Visual e Tecnológica: 110

Educação Sénior: 40

Educação Social: 799

Educação Social e Desenvolvimento Comunitário: 30

Educação Social Gerontológica: 32

Educação Socioprofissional: 20

Ciências da Educação: 353

Ciências da Educação e da Formação: 39

Educação: 83

Educação - Administração Educacional: 25

Educação Básica: 2683

Educação e Comunicação Multimédia: 166

História e Arqueologia (?) (Educação em?): 21

Estes são os dados, pelo menos confiando nos gabinetes de acesso ao Ensino Superior. Quanto às conclusões, havemos de as ir tirando...todos nós. Mas uma pode ir de imediato: se já em 2009 existiam (segundo um sindicato) mais de 20000 professores, novos licenciados, sem emprego, para que se continuam a formar os ditos às carradas (por exemplo, 2683 vagas abertas...para os Cursos de Educação Básica)?

terça-feira, 26 de abril de 2011

Porque vale a pena ler...

http://desmitos.blogspot.com/2011/04/os-verdadeiros-factos-da-campanha.html?spref=fb

Ela é...Julia Robinson


Julia Hall Bowman Robinson (December 8, 1919 – July 30, 1985) was an American mathematician best known for her work on decision problems and Hilbert's Tenth Problem.

Robinson was born in St. Louis, Missouri, the daughter of Ralph Bowers Bowman and Helen (Hall) Bowman. Her older sister is the mathematical popularizer and biographer Constance Reid. The family moved to Arizona and then to San Diego when the girls were a few years old. Julia attended San Diego High.

She entered San Diego State University in 1936 and transferred as a senior to University of California, Berkeley in 1939. She received her BA degree in 1940 and continued in graduate studies. She received the Ph.D. degree in 1948 under Alfred Tarski with a dissertation on "Definability and Decision Problems in Arithmetic".

Não esqueçamos que o seu QI foi medido como 98, na escola...
(Na foto: Julia Robinson em 1950)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Hummm...

A Sociedade Promotora da Agricultura Micaelense foi uma associação fundada a 11 de Janeiro de 1843 na cidade de Ponta Delgada, ilha de São Miguel. A associação tinha como objectivo promover o desenvolvimento da agricultura da ilha de São Miguel através do desbravamento das terras incultas, o contacto com associações estrangeiras e a divulgação, através do seu órgão, O Agricultor Micaelense, as espécies de plantas que poderiam adaptar-se ao solo e clima da ilha. Ligadas à sua acção, surgiram alguns dos mais esplêndidos jardins de São Miguel e a sua acção permitiu aos agricultores mais esclarecidos e aos grandes latifundiários da ilha procurar culturas de substituição à exportação da laranja, como o tabaco, o ananás, a batata-doce (destinada à produção de álcool), espadana, chá, maracujá e muitas outras culturas. A sua acção foi determinante no esforço que então foi realizado com vista a viabilizar as explorações agrícolas açorianas e a encontrar mercados alternativos para as suas produções. Foi no seio da Sociedade que José do Canto propôs a criação de um imposto sobre a laranja exportada para custear as obras de construção do porto artificial de Ponta Delgada, cuja construção trouxe um enorme surto de desenvolvimento à cidade de Ponta Delgada.

domingo, 24 de abril de 2011

Ressuscitou, não está aqui...


A ressurreição de Cristo é a parte principal da fé cristã - o acontecimento histórico sobre o qual a doutrina cristã se firma ou cai. O apóstolo Paulo deixa isso claro na sua primeira carta aos Coríntios: "E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.

sábado, 23 de abril de 2011

Vejamos, por exemplo...(continuação)

Quanto às notas de candidatura dos últimos alunos colocados, em primeira e segunda fases, em 2010, não se encontram disponíveis na base de dados consultada para todos os estabelecimentos de ensino, para alguns surgindo apenas o número de vagas oferecidas. Para os que as disponibilizaram, as respectivas médias são as seguintes:

1ª fase: 12,05 (valores)

2ª fase: 13,36 (valores)

É possível, no entanto, ser colocado num destes cursos com nota de candidatura 9,70 valores (Escola Superior de Educação de Viseu), 9,83 valores (Escola Superior de Educação de Beja), 9,50 valores (Escola Superior de Educação de Bragança e Escola Superior de Educação e Comunicação de Faro). Em contrapartida, o último aluno a ser colocado (em 2ª fase) no Curso de Ciências da Educação da Universidade do Porto entrou com a nota de candidatura de 15,10 valores.

O que representa, nos dias de hoje, uma média de doze valores (ou mesmo treze) não é comparável ao que representaria no passado, por exemplo nos meus tempos de estudante; mas, mesmo nos facilitistas tempos actuais, não deixam de ser afinal médias dentro do "suficiente"...(Veja-se Endeusamento rápido, post anterior deste blog). Parece, pois, confirmar-se o que eu então disse, que não são os melhores alunos deste País que escolhem o Professorado...pelo menos como regra muito geral.

Consequências? Não falo nelas; são tão óbvias que até dói.

Trecho da Intervenção do Dr. Marinho e Pinto (16/03/2011)


Afinal, talvez nem tudo esteja podre no reino da Dinamarca...
U ULUMÉ!

Para salvar a terra...em beleza


http://eco-friendly.novica.com/recycled-and-reclaimed/glassware/index.cfm?c=706&l=4

Vejamos, por exemplo...

Universidades e cursos superiores em Portugal (só nas áreas de Ciências da Educação e Formação de Professores):

Consultados os dados fornecidos pelo Gabinete de Acesso ao Ensino Superior, verifica-se a existência de Cursos com as denominações seguintes, e nas seguintes versões e número de estabelecimentos que o/os ministram:

Ciências da Educação (6)
Ciências da Educação (concurso local) (1)
Ciências da Educação (regime pós laboral) (1)
Ciências da Educação e da Formação (1)
Educação (1)
Educação – Administração Educacional (1)
Educação Ambiental (2)
Educação Ambiental e Cultura do Património (1)
Educação Artística (1)
Educação Artística e Cultural (1)
Educação Cultural e Artística (1)
Educação Física e Desporto (8)
Educação Física e Desporto Escolar (1)
Educação Física, Desporto e Lazer (1)
Educação Física, Saúde e Desporto (1)
Educação Básica (34)
Educação Básica (regime pós laboral) (2)
Educação Básica (regime de ensino à distância) (1)
Educação e Comunicação Multimédia (3)
Educação e Comunicação Multimédia (regime pós laboral) (1)
Educação e Formação de Adultos (0)
Educação – Intervenção Educativa (1)
Educação Musical (6)
Educação Social (11)
Educação Social (regime pós laboral) (5)
Educação Social e Desenvolvimento Comunitário (1)
Educação Social Gerontológica (1)
Educação Sénior (1)
Educação Socioprofissional (1)
Educação Visual e Tecnológica (4)

Este foi o meu trabalho de serão de ontem. Conclusões? Pois que cada um as tire por si, pese muito embora a dificuldade portuguesa em ter opinião...opinião própria, bem entendido...

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Muita palha...pouco grão?


...na Europa, nenhum país tem mais instituições de ensino superior por habitante do que Portugal.

"O caso português é anormal em número de instituições. Mas o problema mais grave é o do número excessivo de cursos. Há formações abstrusas com corpos docentes abstrusos", critica Vítor Crespo, autor do estudo onde é feita esta comparação e ex ministro da educação.

Em 2006, assim, o país contava com 17 (dezassete) instituições de ensino superior por milhão de habitantes, enquanto que no Reino Unido, por exemplo, a relação é de 2,9 instituições por milhão de habitantes e em Espanha é de 2,1 - ou 7, de outra fonte.


A citação anterior já consta deste blog. Meti-me a confirmar (para Portugal), com os seguintes resultados:

População:11040224 habitantes
Esbelecimentos de ensino superior, universitário e politécnico, público e privado: 150
Por milhão de habitantes dá aproximadamente 13,6 (se não me enganei na conta) e não 17, como atrás se diz. Mas ainda assim é muito, muitíssimo, e pouco eficaz.

Quanto à superabundância de cursos superiores, então é melhor nem falar, até porque os números (numa próxima oportunidade) falarão por si.

Dá vontade de parafrasear l'enfant terrible, que é como quem diz o sr. Aberto João Jardim: estará tudo grosso?

Angola


Recente reportagem numa revista chamou-me a atenção, e entusiasmada comecei a ler. Mas depressa caíram os papéis, a mente a vaguear por campos que evito geralmente, talvez com medo dos espinhos graúdos, das temíveis serralhas e da aspereza dos penedos da memória. E cheguei à conclusão de que afinal, embora não pense muito nisso, o facto é que ainda me lembro. Lembro-me do dia em que vi o primeiros dos muitos embondeiros, a árvore capaz de matar a sede a quem passa; as acácias de flores vermelhas de sangue que tão belas achei, e que mais tarde voltaria a ver varejadas pelas balas saídas das armas dos homens. A ilha, que afinal é península, construída pela natureza que usou areia branca em dezasseis quilómetros de praia ponteada pelos dongos negros e pelos homens negros, que quando os conheci tinham ambas as pernas e ambos os braços, corpo inteiro, pois então não existiam as minas antipessoais que viriam a matar e estropiar milhares? milhões? de homens, mulheres e crianças sem distinção de raças, sexos, credos ou idades que as minas, essas, tratam todos da mesma maneira. Lembro-me do morro do Bailundo, de onde se avistava aquela estrada que parecia ser, e talvez o fosse, a maior do mundo; lição prática das leis da perspectiva, parecia, sempre a direito, ir até ao infinito onde as rectas paralelas afinal se encontram. Lembro-me das noites atravessadas pela temível deslocação das bissondes, formigas guerreiras em formação compacta e sussurrante que só a gasolina em chamas no desespero dos humanos conseguia domar; dos belos e horríveis escaravelhos couraçados que a luz das montras nas cidades atraía, da víbora surucucu que os meus alunos mataram em grande grita no pátio da escola, das noites de queimada, em que as montanhas exibiam os seus colares de fogo e o ar se tornava pesado e denso, e das tempestades de relâmpagos em que vínhamos para as janelas ver o fim do mundo – ainda não era, mas parecia. Lembro-me das quedas do Lucala, da barra do Quanza, do vale das Ágatas, e até da welwitchia mirabilis que nunca cheguei a ver; da minha amiga Zé, que para mim era a menina do deserto (de Moçâmedes, onde começa a enorme secura da Namíbia) e para quem eu era a menina do mar (do grande mar Atlântico, que ainda é maior do que o deserto). Minhas amigas e meus amigos africanos, lembro-me bem...
Lembro-me do pôr do sol, que naquela terra se tinge de cores excessivas onde as estranhas ramagens das árvores se recortam: as mangueiras de fruto saborosíssimo que os meus olhos hoje remiram, inacessíveis nos tabuleiros dos hipers, os abacateiros de que agora guardo cuidadosamente o caroço aos raros frutos, os abacaxis tão doces que fariam corar o nosso melhor ananás, as papaieiras que nunca mais vi, os agridoces loengos vestidos de luto de que também me despedi de vez...Tudo bom, tudo de graça, tudo espontâneo; vendidas (por tuta e meia afinal) eram as laranjas e os morangos e as demais graças temperadas, que as tropicais para ali estavam para delícia de pássaros e homens, tantas vezes colhíveis na berma das estradas. Lembro-me das nuvens altas, acasteladas, do interior do continente, e de quase parafrasear Zeca Afonso: o céu daqui não é como o de lá, das anharas, dos rios, torrentes castanhas ferventes aqui, mares espraiados mais próximo das barras onde os perigosos crocodilos de água salobra provavelmente faziam e fazem, também eles, pela vida.
Tão grande a terra que seiscentos quilómetros de estrada quente e difícil se resumem a dois centímetros de mapa, perdidos na vastidão do que ficou por ver e percorrer, a terra onde havia terra para todos, e esteve em guerra mais de quarenta anos. Só gente com mais do que isso se lembrará, nela, do que é paz, e mesmo assim talvez se tratasse, então, de uma paz indigna, eriçada de vergonhas e de mágoas; mas por amor de quem se gerou a guerra? Um dia saberemos em que gabinetes forrados de caríssimas madeiras, em que sofás (e imagino-os de couro bem vermelho) o sofrimento indizível foi decidido por entre o fumo dos havanos e os interesses de alguns – mas esta geração pouco ganhará com isso. Talvez na próxima possa a dor das feridas existir só nas histórias dos mais velhos.
É verdade, Angola, hoje...curiosamente, sexta feira santa...verifico que ainda me lembro bem de ti. Perdoas-me nunca o ter dito?

Num escrito a propósito de Aretino...

Las personas que no saben gran cosa, es decir el noventa por ciento de la sociedad llamada inteligente...

Foi escrito em 1885. As coisas, de então para cá, não mudaram muito, não é verdade?

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Tristão da Cunha


The remotest inhabited island in the world.
Parece ser nos Açores, não? Talvez nas Flores...ou em S. Jorge...
Mas não é! A solidão pode ser ainda maior (do que aqui)!

Por mim. Por ti. Por todos.


Como é que, afinal, somos tão importantes?

Parar um instante...porque hoje é...

Quarta-Feira Santa (quarta feira das trevas...)

É o quarto dia da Semana Santa. Encerra-se na Quarta-feira Santa o período quaresmal. Em algumas igrejas celebra-se neste dia a piedosa procissão do encontro de Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores. Ainda há igrejas que neste dia celebram o Ofício das Trevas, lembrando que o mundo já está em trevas devido à proximidade da Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.

E já agora...

http://en.wikipedia.org/wiki/Theory_of_multiple_intelligences

Vale a pena ler.

E pensar...já agora, não seria melhor que se organizassem as turmas de alunos, nas escolas, pelos seus respectivos tipos de inteligência, em vez de ser, por exemplo, pela freguesia onde moram?

Ai ai... os profs teriam de saber como lidar com cada tipo...e aplicar os métodos apropriados...lá se iriam a robotização...e os breaks para os cafezinhos!

Mas o resultado não seria o sucesso real...de todos?

E afinal isto já se sabe desde a década de oitenta...

Coragem, Portugal! Talvez não seja uma fatalidade, o lugar da cauda.

Howard Gardner


Many young people in America and abroad are doing admirable things. But in the past decades, American society, both older and younger generations, has been dominated by the three Ms:

Money

Markets

Me


We need to flip those three Ms 90 degrees and encourage the three Es of GoodWork:

Excellence

Engagement

Ethics


And, to complete the job, we should flip the E another 90 degrees to get a W for

We

Sabem quem é este simpático senhor? O proponente da teoria das inteligências múltiplas.

Utopia

Children learn best when they are not pressured to learn in a way that is of no interest to them. For example, the first thing all educators should do is evaluate which type of multiple intelligence students' possess and teach and assess them individually on the basis of this.

Imaginemos...só por um instante...uma organização social onde se constituísse, como obrigação que todos cumpririam e que em que todos teriam capacidade para cumprir, que cada um "ensinaria" os seus filhos em casa (com subsídio estatal, e dada a natureza humana com exames nacionais...), o que nem sequer tinha de excluir actividades de socialização em que o mneino/a interagisse com outros meninos e meninas, segundo o método anterior...

Por alguma razão, acabo por voltar sempre ao tão mal visto "ensino doméstico"...

terça-feira, 19 de abril de 2011

Sem remédio?


'Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e
sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos
de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de
dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz
de sacudir as moscas...'

(Guerra Junqueiro, in "Pátria", escrito em 1896)

...ou seja, em tempos de monarquia...Guerra Junqueiro era um dos que achava que a República traria a solução para os problemas do povo português, como mais tarde outros achariam que o 25 de Abril e a democracia seriam panaceia para os males da ditadura do Estado Novo.

E hoje, no pós monarquia e no pós revolução dos cravos, continuamos afinal a ser como "sempre" fomos...burros de carga, bestas de nora, que já nem as orelhas conseguem sacudir?

Será isto uma fatalidade?

O sistema educativo na Finlândia

Iniciam a escola aos sete anos de idade. O ensino obrigatório perfaz nove anos, mas os alunos que decidem não prosseguir estudos são incentivados a fazer mais um ano de estudos facultativo e assim deixam o sistema educativo apenas aos 17 anos.

O ensino básico está estruturado em dois ciclos: um de seis anos, leccionados por um professor de classe, e outro de três anos, onde o ensino é veiculado por professores de disciplinas. Cerca de 90 por cento dos alunos prosseguem estudos secundários imediatamente após a conclusão do básico: 54 por cento ingressam na via geral e 36 por cento na vocacional. O ensino secundário dura três anos. Não há regulamentação específica quanto ao número de alunos por turma, mas a média é de 24, agrupados por faixa etária.

O ingresso no ensino superior está limitado ao número de vagas, mas é dada ao estabelecimento de ensino a liberdade de estipular os seus critérios de admissão. Aqui é possível ao aluno tirar um grau académico baixo (o bacharelato, ou primeiro ciclo de estudo, que é geralmente completado em três anos e tem 180 créditos) ou superior (o master, ou segundo ciclo de estudos que perfaz mais dois anos de formação para além da inicial, num total de 120 créditos). Esta divisão é semelhante no ensino politécnico, onde o primeiro ciclo de estudos tem a duração de três anos e meio a quatro anos, entre 180 a 240 créditos; e o segundo ciclo de estudos, consiste em um ou ano e meio de formação, ou seja, entre 60 a 90 créditos.

Administração das escolas

A organização, criação e manutenção dos ensinos básico, secundário e politécnico, está a cargo das autoridades locais: municípios e organizações privadas. A repartição dos custos de funcionamento das escolas nestes três níveis de ensino é feita entre o Estado (57%) e município (43%). Todas as universidades finlandesas são estatais. O seu financiamento é por isso assegurado quase na totalidade pelo orçamento de Estado.
A administração dos estabelecimentos do ensino básico e secundário compete a um conselho da escola liderado por um reitor. Acresce que no ensino secundário cada escola deve ter um órgão representativo dos estudantes. No ensino superior, as universidades são dirigidas por um reitor e um conselho composto por: professores universitários, outros professores e investigadores, outros membros do corpo de funcionários do estabelecimento de ensino e estudantes. Os politécnicos são administrados por um reitor ou presidente sendo que os seus conselhos directivos contam ainda com representantes das áreas de negócio e do mundo do trabalho.

Admissão do corpo docente

As entidades que veiculam a educação são responsáveis pela contratação dos seus corpos docentes. Também determinam o tipo e número de postos de trabalho necessários ao funcionamento das escolas. E regra geral: as vagas públicas devem ser preenchidas sempre que possível por professores permanentes. A cada autoridade local é dado o poder de decidir a qual dos seus corpos constituintes caberá a contratação de novos docentes. Pode ser um comité educativo, o conselho municipal, ou o conselho da escola ou – sobretudo no caso das contratações a curto prazo de professores de substituição – ao reitor. De modo geral nas instituições públicas o poder de contratação varia.

Os critérios de admissão são estabelecidos por cada entidade que preside à contratação. Nenhum critério de admissão é imposto às autoridades locais ou a outra entidade educativa. O objectivo é escolher as pessoas mais qualificadas para cada função em particular. As qualificações dos professores estão estipuladas num decreto sobre essa matéria.

Avaliação dos professores

Nem os professores nem os seus métodos de ensino são alvo de avaliações. No entanto, o reitor do estabelecimento de ensino é sempre o líder pedagógico da instituição que dirige, daí que seja ele o responsável quer pela instrução dada quer pelo corpo docente. A maior parte das escolas possui um sistema de qualidade, que inclui discussões anuais. A sua finalidade é a avaliação do alcance dos objectivos educativos do ano anterior, bem como o estabelecimento de novos objectivos e o sinalizar de necessidades para o ano seguinte.

Sistema remuneratório

Os salários são acordados nacionalmente ao abrigo de um contrato colectivo para os trabalhadores estatais ou municipais do sector da educação, e que são acordados em intervalos de um a três anos. A posição do professor na tabela salarial é determinada consoante as suas responsabilidades e qualificações.
Na Finlândia, os municípios foram divididos em duas classes no que toca à sua capacidade financeira por relação ao custo de vida. Assim, os salários praticados nas grandes cidades e áreas remotas (classe um) são cerca de três por cento mais elevados que os restantes. Os anos de serviço na administração pública e a experiência de ensino proporcionam aumentos. Outras tarefas adicionais à docência são compensadas com uma subida no escalão salarial ou um bónus.
O salário base aumenta com os anos de serviço em cerca de cinco por cento, ao fim de dois, cinco, oito e 13 anos, quando o professor lecciona a tempo inteiro. Se um professor der mais aulas que as estipuladas no contrato colectivo para o sector da educação, recebe um pagamento suplementar. Uma aula extra por semana significa um aumento de três a quatro por cento do salário mensal. O contrato colectivo prevê ainda que o professor receba uma compensação para a maior parte das tarefas adicionais que lhe são atribuídas. Tais tarefas podem incluir a direcção da escola, a gestão da livraria da escola, fazer a manutenção do equipamento audiovisual, entre outros.
Em 2003, nos municípios com capacidade financeira classe dois, a mais comum, o salário inicial de um professor do ensino básico com grau académico superior e um horário de apenas o número obrigatório de horas (ver neste texto horário de trabalho), rondou os 1795 euros. Já o salário final de um professor, com o mesmo número de horas leccionadas, alcança os 2564 euros. No ensino secundário, e ainda nos municípios de capacidade financeira classe dois, o salário inicial, sem horas extras contabilizadas, ronda os 2043 euros; o salário final ascende a 2952 euros.
Os salários dos reitores varia consoante o tipo e tamanho da instituição entre 2500 a 3635 euros de salário inicial e entre 3289 e 4940 euros de salário final. Estes números podem ser maiores caso a instituição valorize financeiramente a obtenção graus académicos mais elevados: licenciatura ou doutoramento. Na prática, os salários dos reitores nunca começam pelo valor inicial, porque os professores eleitos para essa função geralmente já têm vasta experiência de trabalho.

Progressão e mobilidade na carreira

A carreira de professor não oferece muitas oportunidades de progressão, a não ser a candidatura ao lugar de reitor. A tabela salarial é estipulada com base na qualificação académica e do cargo desempenhado. Ganhar acima da tabela é apenas possível no caso de o professor acumular horas extraordinárias ou a entidade empregadora decidir premiar o empenho individual do professor com um bónus monetário. No entanto, as restrições económicas municipais tornam raras estas bonificações.
Quando se trata de preencher um lugar, o professor pode candidatar-se sem restrições a qualquer escola da sua preferência. Uma vez empregado, o professor é um funcionário municipal e como tal a autoridade local pode decidir a sua transferência para outra escola dentro daquele município. Isto acontece quando um professor não perfaz o número de horas suficientes numa determinada escola.

Em termos de mobilidade entre graus de ensino, os professores de línguas são os que mais dela dispõem. Podem leccionar no ensino básico, no secundário, no vocacional e no ensino de adultos. Do mesmo modo, os professores do pré-escolar e os professores dos primeiros seis anos do ensino básico não podem trabalhar no ensino superior a menos que tenham obtido estudos adicionais. Os professores das disciplinas vocacionais podem leccionar no ensino politécnico e em centros vocacionais de educação de adultos. Certos lugares no ensino politécnico e universitário requerem qualificações ao nível do mestrado e do doutoramento. Por esta razão, os professores de outras instituições, raramente trabalham como docentes universitários. Por outro lado, os professores universitários não têm qualificações necessárias para leccionar em instituições de ensino básico e secundário, a menos que tenham completado os seus estudos com uma componente pedagógica.

Horário de trabalho

O ano lectivo tem 190 dias. Para alem da componente lectiva, o trabalho do professor inclui o planeamento da instrução e trabalho pré e pós-aulas. Somam-se as tarefas de desenvolvimento interno da escola: cooperação com outros professores, ou parceiros como responsáveis pelos serviços de saúde e sociais, o conselho familiar local, policia, vida de negócios. Em virtude de uma reforma educativa de 1999, a avaliação dos alunos é complementada com actividades que estão relacionadas com a evolução da educação. O desenvolvimento dessas actividades é da responsabilidade dos educadores, das escolas e dos professores. Os professores não são obrigados a permanecer na escola quando não têm aulas ou outras actividades.

A maior parte do tempo de trabalho dos professores é ocupada com a componente lectiva. Nesse caso o número de aulas dadas varia entre as 15 e as 23 lições, em conformidade com a instituição e a disciplina. Cada lição dura 45 minutos o que perfaz um total de aproximadamente 11 a 17 horas de componente lectiva semanal. No caso do ensino vocacional, o número de lições dadas por semana varia entre as 20 e as 25, aproximadamente 15 a 19 horas. Alguns professores e a maior parte dos reitores têm um horário de trabalho igual ao praticado na função pública (8h-16h15) que se justifica devido à natureza das suas funções.

Currículos, disciplinas, número de horas

A semana lectiva tem em média 19 a 30 aulas, dependendo do nível de ensino e da escolha de disciplinas do aluno. Cada aula tem a duração de 60 minutos, mas o tempo de instrução é de 45 minutos. O restante tempo é usado como um intervalo. No primeiro e no segundo ano de ensino os alunos têm um mínimo de 19 aulas de instrução e orientação educacional; no terceiro e quarto anos esse número sobe para 23 aulas; no quinto e sexto anos, 24 aulas; do sétimo ao nono ano, 30 aulas.

O currículo nacional é determinado pelo Conselho Nacional de Educação e inclui os objectivos, as disciplinas e a forma de avaliação dos alunos. Este quadro curricular comum pode, no entanto, ser redesenhado no pré-escolar e no ensino básico, pelas entidades locais responsáveis pela educação. O Governo define um mínimo de horas semanais para as disciplinas em comum e a partir daí há uma grande maleabilidade na escolha das restantes disciplinas. Essa flexibilidade torna-se menor do sétimo ao nono ano, pois as disciplinas opcionais, à semelhança das comuns, estão incluídas no currículo.
Actualmente está em curso uma reforma curricular cuja implementação foi decidida em Dezembro de 2001 e que estará terminada em Agosto de 2006. Essa reforma visou uma redistribuição das horas semanais dedicadas a algumas disciplinas, mas não alterou o número total de aulas semanais. A mudança deve-se à entrada da nova disciplina de Educação para a Saúde no currículo nacional e a uma adaptação do ensino que privilegia o aumento do número de aulas nas línguas, ciências naturais e matemática.
Do primeiro ao nono ano o currículo nacional tem as seguintes disciplinas: Língua Materna e Literatura (Sueca ou Finlandesa); Matemática; Língua estrangeira A (sueco, finlandês ou outra); Língua estrangeira B (outra língua que só é iniciada no sétimo ano); Biologia e Geografia; Físico-química (do primeiro ao quarto ano as disciplinas de Biologia, Geografia, Físico-química e Educação para a Saúde estão integradas numa única disciplina designada por Estudos Naturais e Ambientais); Educação para a Saúde (integrada em outras disciplinas do primeiro ao sexto ano); História e Direitos Cívicos (do terceiro ao nono ano); Religião e Ética; Música, Artes, Técnicas Manuais, Educação Física; Economia Doméstica (do sétimo ao nono ano); Aconselhamento estudantil (do sétimo ao nono ano); Disciplinas opcionais (do sétimo ao nono ano).

Avaliação e progressão

A escala usada na avaliação dos alunos classifica o nível de aprendizagem de quatro a dez valores: quatro (chumbo), cinco (adequado); seis (moderado), sete (satisfatório); oito (bom), nove (muito bom) e dez (excelente). Para passar de ano, o aluno precisa de ter sucesso a todas as disciplinas. A progressão e a conclusão de cada ciclo de estudos são decididas pelo reitor da escola em cooperação com os professores do aluno.

Publico vs privado

A “alta qualidade” do sistema de ensino público é apontada, de acordo com informação recolhida no site da Embaixada da Finlândia, como a razão pela qual o sector privado é quase inexistente. No entanto, todos os níveis escolares, à excepção do ensino superior, possuem estabelecimentos de ensino privados, mas a sua maioria foi criada pelo sector público, está sob a sua supervisão e por serem subsidiados pelo governo orientam-se pelas mesmas regras das restantes escolas, segundo consta de um documento publicado pelo Eurydice. Em 2003, apenas um por cento dos alunos inseridos no ensino básico e oito por cento do secundário frequentavam escolas privadas.

Educação de adultos

Todos os níveis de educação e cursos oferecidos aos jovens são também disponibilizados aos adultos. No entanto, existem escolas que se especializam apenas neste tipo de educação. Um modo flexível encontrado para promover o estudo entre os adultos foi a criação do sistema de reconhecimento de qualificações base, cuja validação está a cargo do Conselho Nacional de Educação.
Este sistema permite ao aluno demonstrar as suas qualificações através da realização de exames, independentemente das suas competências terem sido adquiridas no decorrer do percurso profissional ou pelo interesse auto-didacta em alguma área.

Um pouco extenso...mas elucidativo. Algumas das diferenças (entre eles e nós) vão a negrito. A ler, reler, e...pensar.

Mas para já: em Portugal, os governos entenderam que o ensino obrigatório deverá passar a ser de 12 anos (mesmo para quê???) os alunos entretanto "passam", mesmo com insucesso em várias disciplinas; os professores são, agora, avaliados; as melhores escolas são (ver rankings) habitual e sistematicamente as privadas. E, claro...ainda em Portugal, não se consideram importantes nem religião nem ética, nem música nem outras artes, nem economia doméstica.

Bem, acho que até um cego veria...

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Finlândia...versus um país que nós sabemos...


En Finlandia, con el mejor sistema educativo del mundo, la piedra angular de la enseñanza es el profesor. Con un buen sueldo, pero también con una excelente formación y motivación para impartir sus conocimientos entre los alumnos.

Uma das coisas que nós sabemos fazer bem (pelo menos temos nisso um grande treino) é copiar. Então porque não se copia isto?

(Tenho tanta pena de ter razão que nem se calcula: o fulcro é mesmo o professor, a qualidade do professor). Pelos frutos os conhecereis...

D. Pedro o quinto, rei de Portugal



Era uma vez um rei que amava o seu país e o seu povo...

Embora muito jovem aquando a sua ascensão ao trono português, com apenas 16 anos, foi considerado por muitos como um monarca exemplar, que reconciliou o povo com a casa real, após o reinado da sua mãe ter sido fruto de uma guerra civil vencida. D. Fernando II, seu pai, desempenhou um papel fundamental no início do seu reinado, tendo exercido o governo da nação na qualidade de regente do Reino, orientando o jovem rei no que diz respeito às grandes obras públicas efectuadas. D. Pedro é frequentemente descrito como um monarca com valores sociais bem presentes, em parte devida à sua educação, que incluiu trabalho junto das comunidades e um vasto conhecimento do continente europeu.

A 16 de Setembro de 1855, completando 18 anos, é aclamado rei, presidindo nesse mesmo ano à inauguração do primeiro telégrafo eléctrico no país e, no ano seguinte (28 de Outubro), inaugura o caminho de ferro entre Lisboa a Carregado. É também no seu reinado que se iniciam as primeiras viagens regulares de navio, entre Portugal e Angola.

Dedicou-se com afinco ao governo do País, estudando com minúcia as deliberações governamentais propostas. Criou ainda, o Curso Superior de Letras, em 1859, que subsidiou do seu bolso, com um donativo de 91 contos de réis. Nesse mesmo ano é introduzido o sistema métrico em Portugal.

D. Pedro V foi um defensor acérrimo da abolição da escravatura e data do seu reinado um episódio que atesta a convicção do monarca nessa matéria e que simultaneamente demonstra a fragilidade de Portugal perante as grandes potências europeias: junto à costa de Moçambique é apresado um navio negreiro francês, tendo o seu comandante sido preso. O governo de França, não só exigiu a libertação do navio, bem como uma avultada indemnização ao governo português.

Portugal é, por essa altura, flagelado por duas epidemias, uma de cólera, que grassa de 1853 a 1856, e outra de febre amarela, principalmente em 1856/57. Durante esses anos o monarca, em vez de se refugiar, percorria os hospitais e demorava-se à cabeceira dos doentes, apertando-lhes as mãos, desejando as melhoras e dizendo: até amanhã, o que lhe trouxe muita popularidade (evidentemente, mas também colocou a sua vida em risco...)

Em 1858, D. Pedro V casa-se por procuração com a princesa D.Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen, que veio a morrer no ano seguinte vitíma de difteria.

Sendo a saúde pública uma das suas preocupações, foi juntamente com a sua mulher, a princesa D. Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen, que Pedro fundou hospitais públicos e instituições de caridade. Aliás, cumprindo os desejos por ela manifestados, o monarca, fundou o Hospital de Dona Estefânia, em Lisboa.

Morreu com apenas 24 anos, em 11 de Novembro de 1861, que segundo parecer dos médicos, devido a febre tifóide (enquanto o povo suspeitava de envenenamento e por isso viria a amotinar-se). A sua morte provocou uma enorme tristeza em todos os quadrantes da sociedade. Não tendo filhos, foi sucedido pelo irmão, o infante D. Luís, que habitava então no sul de França.

Jaz no Panteão dos Braganças, no mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa.

Teve uma notável preparação moral e intelectual. Estudou ciências naturais e filosofia, dominava bem o grego e o latim e chegou a estudar inglês. O seu espírito terá sido influenciado pela convivência que teve com Alexandre Herculano, que foi seu educador.

No dizer dos biógrafos, D. Pedro V: "com um temperamento observador, grave, desde criança mandou pôr à porta do seu palácio uma caixa verde, cuja chave guardava, para que o seu povo pudesse falar-lhe com franqueza, queixar-se O povo começava a amar a bondade e a justiça de um rei tão triste "

Claro. Eu própria amaria um rei (um homem) assim...

Help!


Suspensão ou redução substancial dos subsídios de férias e de Natal aos reformados está prevista no austero ‘programa’ do Fundo Monetário Internacional. Diminuição do tempo de pagamento do subsídio de desemprego também poderá avançar.

O FMI vai propor ao Governo as primeiras medidas de corte na despesa. E os reformados e pensionistas poderão ser os primeiros a sentir na pele a austeridade, que sugere uma suspensão do pagamento dos subsídios de férias.

Restará ao novo executivo negociar uma alternativa, sendo certo que na Grécia, onde o FMI interveio, não se verificou um corte total, mas uma redução de 30 por cento no subsídio de férias e de 60 por cento no subsídio de Natal.

Esta será uma das medidas que, segundo o Correio da Manhã, constam do pacote do Fundo Monetário Internacional, tendo em vista a redução da despesa do Estado. Outra será a redução do tempo de pagamento do subsídio de desemprego.

Para ter direito aos 80 mil milhões previstos no resgate financeiro, Portugal terá de se comprometer com um plano de austeridade, de forma a reduzir despesa e cumprir o défice. Uma suspensão do pagamento dos subsídios permitiria, segundo o FMI, poupar mais de 3200 milhões de euros.

Pois que seja tudo pelo amor de Deus, enquanto não aparecer por aí algum velhote (reformado) que ainda saiba disparar uma metralhadora...e que até provavelmente terá aprendido a fazê-lo em defesa deste Portugal.

Beleza em estado puro


Janelas (de guilhotina...) e degraus de pedra trabalhada à mão.
No Brasil.
Se fosse por aqui...

domingo, 17 de abril de 2011

Roses in the snow


I met my darlin' in the springtime
When all the flowers were in bloom
And like the flowers our love blossomed
We married in the month of June

Our love was like a burning ember
It warmed us as a golden glow
We had sunshine in December
And threw our roses in the snow

Now God has taken my darlin'
And left me with a memory
A memory I will always cherish
Are these last words he said to me

Our love was like a burning ember
It warmed us as a golden glow
We had sunshine in December
And threw our roses in the snow

My darlin's buried on the hillside
Where all the wild spring flowers grow
And when winter snows start fallin'
On his grave I'll place a rose

Our love was like a burning ember
It warmed us as cold winds blow
We had sunshine in December
And threw our roses in the snow

Que saudades. E que frio!

sábado, 16 de abril de 2011

Sinais dos tempos II


ROMA.- La ex actriz porno Ilona Staller, más conocida como la "Cicciolina", volvió a escena luego de acaparar la atención mundial cuando hace años apareció con sus pechos descubiertos en unas elecciones al Parlamento italiano, pues ahora quiere tener sexo con Osama Bin Laden, a cambio de que el líder de Al Qaeda abandone sus actividades terroristas.

Después de una fugaz aparición en una exposición erótica, la famosísima actriz italiana se ofreció para pasar una noche fogosa con el máximo terrorista mundial, con la intención de lograr la paz mundial.

Con 55 años, la Cicciolina señaló que ya es hora de que alguien detenga el terror de ese hombre y agregó que es ella la mujer indicada para cumplir esa tarea y acabar con Bin Laden.

"Estoy dispuesta a hacer un trato. Él puede tenerme a cambio de terminar con su tiranía", expresó la ex pornostar y la remató con una de sus frases: "Mis pechos sólo ayudaron a la gente, mientras Bin Laden mató a miles de personas inocentes".

Pero este no es el primer ofrecimiento de este tipo. En el año 1990, la Cicciolina se ofreció al Presidente de Irak, Saddam Hussein, a cambio de terminar con su tiranía en ese país.

En este sentido, y recordando aquel momento, la diva italiana agregó que "si Saddam hubiera aceptado, quién sabe qué hubiera pasado", declaró.
(2006)

...oh vã cobiça dessa vaidade a que chamam fama...
...ninguém sabe que coisa quer, ninguém conhece que alma tem, nem o que é o mal nem o que é o bem...

sexta-feira, 15 de abril de 2011

A Pátria é a minha política


Manuel da Silva Passos, mais conhecido por Passos Manuel. Em 1836, governando em ditadura, aprovou um plano para a Instrução Primária, no qual se dizia, por exemplo:

A Instrução primária compreende:
1) as artes de ler, escrever e contar;
2) a civilidade, a moral e a doutrina cristã;
3) princípios de gramática portuguesa;
4) breves noções de história, geografia e da constituição;
5) o desenho linear;
6) exercícios ginásticos acomodados à idade.


(Diário do Governo, 15 de Novembro de 1836 - apenas actualizei o português.)

E eu pasmo. 175 anos depois, quem é que sai da instrução primária instruído com o anterior?

Sinais dos tempos I


A nova responsável pelo Proder (programa de desenvolvimento rural) é Maria Gabriela Ventura, que hoje tomou posse, substituindo Carlos Guerra, disse fonte oficial do Ministério da Agricultura.

Maria Gabriela Ventura é também a nova directora do Gabinete de Planeamento e Políticas do Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, referiu à agência Lusa fonte do Ministério.

Será possível? Bem, corre pela net...