quarta-feira, 31 de março de 2010
Lá...quase como cá
Suicide in South Hadley
Nine teenagers have been charged with bullying Phoebe Prince. What about the adults who knew it was going on?
By Emily BazelonPosted Tuesday, March 30, 2010, at 6:48 PM ET
Phoebe Nora Mary Prince, 15, committed suicide on Jan. 14. The criminal charges filed against nine students. Monday, in connection with the bullying of the 15-year-old high school student Phoebe Prince, who killed herself in January, took the town of South Hadley, Mass., by surprise. Six teenagers were charged with felonies and saw their names and photos on the evening news. Three more were charged as juveniles. That's a price for bullying that kids almost never pay. These charges will reverberate in this small town for a long time to come. For many people who live here, the charges challenge a fundamental conception of South Hadley as a nice, ordinary, middle-class small town. As such, some residents were willing to work with school administrators to prevent further bullying in the future but were also ready to move on without assigning blame for Phoebe's death. To others, who have criticized the high school's handling of the case, the tough prosecutorial stance toward these bullies is unexpected vindication. They think the town isn't ready to just move on. Now it won't.
...
http://www.slate.com/id/2249307/?GT1=38001 (para quem quiser ler o resto da notícia)
E digo "quase" como cá, porque ao menos lá quem o faz é punido...e severamente...
E cá? será?
segunda-feira, 29 de março de 2010
Dorme dorme
Dorme dorme linda filha
dorme que eu fico de vela
em meus braços reclinada
a dormir serás mais bela
A dormir serás mais bela
irmãzinha das estrelas
dorme que no céu formoso
vogam lindas caravelas
Vogam lindas caravelas
são crianças passageiros
dorme filha que os anjinhos
nelas vão por marinheiros
Nelas vão por marinheiros
irás tu também vogar
dorme filha dorme e sonha
no teu sono hei-de eu velar
Canção de embalar escrita e muitas vezes cantada por António à sua menina.
Neste momento, para o Max...
A escola que deixa morrer
Leandro Pires tinha 12 anos. Frequentava a Escola Básica 2/3 Luciano Cordeiro, de Mirandela. Atirou-se ao rio Tua, para um último ajuste de contas consigo. Nunca mais quis enfrentar os sistemáticos ajustes de contas que colegas mais velhos lhe faziam E que ninguém notava.
Foi vítima de repetidos maus-tratos. Num lugar onde devia estar seguro, onde não devia sofrer, a sua escola. Em Dezembro de 2008 já tinha sido hospitalizado, na sequência de agressões feitas por colegas naquele lugar. Da participação que os pais fizeram então nada resultou.
Oito dias depois do desaparecimento de Leandro, o Ministério da Educação continua sem saber o que se passou. Seria estranho que soubesse. O Ministério da Educação só se preocupa com o que manda fazer nas escolas. Não com o que lá se faz. E, em muitas, faz-se o mal e a caramunha. Até se ajuda por distracção, como agora, a submergir nas águas geladas de um rio.
O Ministério da Educação tem culpas no cartório. Não esta equipa ministerial, em particular, que lá está há pouco tempo. Mas todas as que o têm dirigido nos últimos vinte anos. O que sobrou em renovação de instalações e dotação de equipamentos, faltou em recursos humanos, auxiliares de educação e restante pessoal, devidamente formado, que garantisse a segurança e a tranquilidade de um estabelecimento de ensino.
As escolas básicas, sobretudo de 2º e 3º ciclo, têm no seu interior o que lhes deixam ter. E o que cá fora se ignora ou silencia.
A aula ainda é o espaço menos problemático. Mas, mesmo aí, são continuados os episódios de barulheira pegada, de agitação, de bagunça, de palhaçada, de regabofe. Não em todas, mas muitas que impedem que se faça o que deveria ser normal, ensinar e aprender.
O recreio é o lugar onde tudo acontece. Mas ninguém sabe de nada. Os auxiliares de educação não vêem, nem querem ver. A maioria é constituída por mulheres. Pouco preparadas, como é natural, para lidarem com a brutalidade verbal ou física.
As direcções das escolas desvalorizam o sururu. Se não se falar em violência não existe. Os professores fora da redoma da sala de aula não querem saber de desgraças. E estas subsistem. Em muitos instantes.
O Ministério da Educação e a escola não estão sozinhos. Há mais responsáveis. No fenómeno que hoje tem nome badalado - bullying - há carrascos e vítimas. E os pais de uns e de outras.
Pais dos primeiros que os não educaram, que não se deixam respeitar, que não se importam que os filhos não respeitem ninguém, que desvalorizam ou admiram os exercícios de virilidade dos seus rebentos, ou que mesmo os instigam à selvajaria. Já o disse noutro lugar. Não só pais do rendimento social de inserção. Também os há do rendimento real de ostentação. E do remediado rendimento de sustentação.
Pais das vítimas que não se apercebem dos silêncios, que não sentem os sinais de alerta, que não comunicam com os filhos porque o futebol ou a telenovela são mais importantes, que ignoram o que o herdeiro andou a fazer ou a sofrer durante o dia, ou que se intimidam com a eventualidade de ter de pedir à escola responsabilidades sobre o que acontece ao filho a quem confiaram a sua guarda.
Responsabilidades divididas equitativamente? Nem pensar. A direcção de uma escola tem o dever imperativo de saber o que se passa no seu interior. E proporcionar as condições de segurança e o ambiente de tranquilidade para a sua insubstituível missão educativa. E muitas não o fazem.
No dia em que as comissões de protecção de menores acordarem do seu torpor e meterem o nariz dentro da escola, ou que as direcções das escolas forem criminalmente responsabilizadas pelo que acontece nos seus espaços, talvez se possa prevenir a ignomínia do sofrimento de muitas crianças e a dramática morte abreviada de uma, literalmente, só.
Alberto Quaresma
Foi vítima de repetidos maus-tratos. Num lugar onde devia estar seguro, onde não devia sofrer, a sua escola. Em Dezembro de 2008 já tinha sido hospitalizado, na sequência de agressões feitas por colegas naquele lugar. Da participação que os pais fizeram então nada resultou.
Oito dias depois do desaparecimento de Leandro, o Ministério da Educação continua sem saber o que se passou. Seria estranho que soubesse. O Ministério da Educação só se preocupa com o que manda fazer nas escolas. Não com o que lá se faz. E, em muitas, faz-se o mal e a caramunha. Até se ajuda por distracção, como agora, a submergir nas águas geladas de um rio.
O Ministério da Educação tem culpas no cartório. Não esta equipa ministerial, em particular, que lá está há pouco tempo. Mas todas as que o têm dirigido nos últimos vinte anos. O que sobrou em renovação de instalações e dotação de equipamentos, faltou em recursos humanos, auxiliares de educação e restante pessoal, devidamente formado, que garantisse a segurança e a tranquilidade de um estabelecimento de ensino.
As escolas básicas, sobretudo de 2º e 3º ciclo, têm no seu interior o que lhes deixam ter. E o que cá fora se ignora ou silencia.
A aula ainda é o espaço menos problemático. Mas, mesmo aí, são continuados os episódios de barulheira pegada, de agitação, de bagunça, de palhaçada, de regabofe. Não em todas, mas muitas que impedem que se faça o que deveria ser normal, ensinar e aprender.
O recreio é o lugar onde tudo acontece. Mas ninguém sabe de nada. Os auxiliares de educação não vêem, nem querem ver. A maioria é constituída por mulheres. Pouco preparadas, como é natural, para lidarem com a brutalidade verbal ou física.
As direcções das escolas desvalorizam o sururu. Se não se falar em violência não existe. Os professores fora da redoma da sala de aula não querem saber de desgraças. E estas subsistem. Em muitos instantes.
O Ministério da Educação e a escola não estão sozinhos. Há mais responsáveis. No fenómeno que hoje tem nome badalado - bullying - há carrascos e vítimas. E os pais de uns e de outras.
Pais dos primeiros que os não educaram, que não se deixam respeitar, que não se importam que os filhos não respeitem ninguém, que desvalorizam ou admiram os exercícios de virilidade dos seus rebentos, ou que mesmo os instigam à selvajaria. Já o disse noutro lugar. Não só pais do rendimento social de inserção. Também os há do rendimento real de ostentação. E do remediado rendimento de sustentação.
Pais das vítimas que não se apercebem dos silêncios, que não sentem os sinais de alerta, que não comunicam com os filhos porque o futebol ou a telenovela são mais importantes, que ignoram o que o herdeiro andou a fazer ou a sofrer durante o dia, ou que se intimidam com a eventualidade de ter de pedir à escola responsabilidades sobre o que acontece ao filho a quem confiaram a sua guarda.
Responsabilidades divididas equitativamente? Nem pensar. A direcção de uma escola tem o dever imperativo de saber o que se passa no seu interior. E proporcionar as condições de segurança e o ambiente de tranquilidade para a sua insubstituível missão educativa. E muitas não o fazem.
No dia em que as comissões de protecção de menores acordarem do seu torpor e meterem o nariz dentro da escola, ou que as direcções das escolas forem criminalmente responsabilizadas pelo que acontece nos seus espaços, talvez se possa prevenir a ignomínia do sofrimento de muitas crianças e a dramática morte abreviada de uma, literalmente, só.
Alberto Quaresma
domingo, 28 de março de 2010
Domingo de Ramos
O domingo de Ramos ensina-nos que seguir a Cristo é renunciar a nós mesmos, morrer na terra como o grão de trigo para poder dar fruto, enfrentar os dissabores e ofensas por causa do Evangelho do Senhor. Ele nos arranca das comodidades, das facilidades, para nos colocar diante Daquele que veio ao mundo para salvar este mundo.
António Maria Claret
...De que aproveita ao homem ganhar todo o mundo, se finalmente perde a sua alma?, (Autobiografia, 68).
"Amei a justiça, aborreci a iniquidade, por isso morro no desterro".
"¿Qué sería de la religión católica si tuviéramos que juzgarla por el
proceder de la mayor parte, por no decir de todos sus ministros? La degradación
moral del Clero va tocando a su cenit. Aumenta de un año a otro, de un día a otro y
de una hora a otra. Mirad, si no, a esos ministros de la Religión, y los veréis
engolfados en los goces mundanos, metidos en las intrigas políticas y hechos unos
egoístas y traficantes, se olvidan completamente de las palabras de su divino maestro."
"Amei a justiça, aborreci a iniquidade, por isso morro no desterro".
"¿Qué sería de la religión católica si tuviéramos que juzgarla por el
proceder de la mayor parte, por no decir de todos sus ministros? La degradación
moral del Clero va tocando a su cenit. Aumenta de un año a otro, de un día a otro y
de una hora a otra. Mirad, si no, a esos ministros de la Religión, y los veréis
engolfados en los goces mundanos, metidos en las intrigas políticas y hechos unos
egoístas y traficantes, se olvidan completamente de las palabras de su divino maestro."
sábado, 27 de março de 2010
O herói
Canonizado Nuno Álvares Pereira em 26 de Abril de 2009.
Terá passado bastante despercebido o facto. Portugal já não liga aos (seus) heróis .
Que auréola te cerca?
É a espada que, volteando,
Faz que o ar alto perca
Seu azul negro e brando.
Mas que espada é que, erguida,
Faz esse halo no céu?
É Excalibur, a ungida,
Que o Rei Artur te deu.
'Sperança consumada,
S. Portugal em ser,
Ergue a luz da tua espada
Para a estrada se ver!
A Conferência Episcopal Portuguesa, em nota pastoral sobre a canonização de Nuno de Santa Maria, declarou: "(…) o testemunho de vida de D. Nuno constituirá uma força de mudança em favor da justiça e da fraternidade, da promoção de estilos de vida mais sóbrios e solidários e de iniciativas de partilha de bens. Será também apelo a uma cidadania exemplarmente vivida e um forte convite à dignificação da vida política como expressão de melhor humanismo ao serviço do bem comum.
Os Bispos de Portugal propõem, portanto, aos homens e mulheres de hoje o exemplo da vida de Nuno Álvares Pereira, pautada pelos valores evangélicos, orientada pelo maior bem de todos, disponível para lutar pelos superiores interesses da Pátria, solícita por servir os mais desprotegidos e pobres. Assim seremos parte activa na construção de uma sociedade mais justa e fraterna que todos desejamos."
sexta-feira, 26 de março de 2010
Adeus, pequeno Leandro
A autópsia ao corpo do pequeno Leandro, resgatado esta manhã das margens do rio Tua, o mesmo rio onde despareceu no dia 2 de Março, já foi realizada. O funeral da criança realiza-se amanhã, sexta-feira pelas 10h00.
A autópsia ao cadáver do pequeno Leandro foi realizada esta manhã na Medicina Legal do Hospital de Mirandela mas ainda não são conhecidos os resultados da mesma.
O corpo do pequeno Leandro, a criança de 12 anos que frequentava a escola Luciano Cordeiro, em Mirandela, onde seria vítima constante de bullying, foi encontrado esta manhã, pelas 08h00, por um habitante de Freixas, Manuel Geraldo, na zona do Cachão, no rio Tua, precisamente a 12 quilómetros do local onde o menino se terá atirado.
'O corpo estava numa charca a cerca de dois, três metros das margens do rio. Apercebi-me que era um cadáver por causa do odor', contou Manuel Geraldes ao CM. O homem disse ainda que deduziu 'tratar-se do corpo do menino desaparecido' e contactou as autoridades.
No local estiveram elementos da GNR, o Ministério Público e o delegado de Saúde. O corpo foi então transportado para a morgue do hospital de Mirandela, onde os familiares reconheceram o menino. Os pais do pequeno Leandro e demais familiares foram acompanhados por uma equipa de psicólogos.
Apesar das intensas buscas no local o cadáver não tinha sido encontrado uma vez que, de acordo com as autoridades, o corpo poderia estar submerso.
Leandro de 12 anos desapareceu no rio Tua no dia 2 de Março junto ao Parque das Merendas, a alguma distância da escola. Até ao momento não foi explicado como é que a criança saiu do recinto escolar nem se o menino se terá efectivamente suicidado ou se esta morte trágica é o resultado de uma brincadeira que terminou mal.
O último adeus ao menino cujo caso emocionou o País acontecerá amanhã, sexta-feira, pelas 10h00.
Os homens farão justiça - ou deveremos esperar só a de Deus?
Eu sou Diógenes, o cão...(IV)
Carta que enviarei hoje ao...
Exmo. Senhor Director do Centro de Saúde do Nordeste:
Peço a melhor atenção de Vª Exa. para o que passo a expor.
Na passada quarta feira, dia 24 do corrente, por volta das doze horas e trinta minutos, acompanhei uma colega (tal como eu própria professora na Escola Secundária do Nordeste) aos serviços de atendimento permanente do vosso Centro de Saúde, em virtude de a mesma se encontrar a queixar-se vivamente de dores num joelho e perna, por ter escorregado e caído ao entrar na Escola. Fez a dita senhora a respectiva inscrição nos serviços administrativos, tendo seguidamente eu tocado à campainha (na porta correspondente ao atendimento permanente) e exposto o caso à senhora funcionária que nos atendeu, senhora que não conheço pessoalmente mas que pelo trajo – bata azul clara – supus e suponho tratar-se de uma auxiliar. Disse-nos essa senhora que o senhor enfermeiro de serviço se encontrava a almoçar, que também não se encontrava nenhum médico e pediu-nos que esperássemos um bocadinho.
Assim fizémos. Mas quando o “bocadinho” me pareceu excessivamente extenso, voltei a tocar à campainha, e ao ser de novo atendida pela mesma senhora perguntei-lhe se tinha informado o senhor enfermeiro do que se passava, ao que ela me respondeu que não, pois o dito senhor se encontrava a almoçar e ela “não tinha visto sangue” (sic). Como apesar de não ser médica, nem sequer enfermeira, estou ao corrente (como a maioria das pessoas estará) de que se pode estar seriamente afectado sem que o sangue escorra de modo visível, tal resposta afigurou-se-me em extremo desapropriada, tendo proferido acto contínuo a ameaça de pedir o livro de reclamações do Centro, para nele registar o sucedido.
Não foi porém necessário fazê-lo, uma vez que a senhora funcionária terá efectivamente comunicado de imediato - e só então - com o senhor enfermeiro de serviço, que daí a poucos minutos atendeu a minha colega, sendo esta devidamente observada, depois, também por um médico.
Quase que se tornam desnecessários os comentários a estes factos, mas permita-me, Senhor Director, que faça pelo menos os seguintes:
1 - Se se trata de um serviço de atendimento permanente, parece ser de esperar que enquanto o senhor enfermeiro de serviço se encontra a almoçar, outro deverá estar a substituí-lo, ou deverá ser claro para os funcionários auxiliares que deverão comunicar de imediato com o primeiro, na impossibilidade de ocorrer a substituição;
2 – Não poderá, obviamente, ser responsável pela triagem entre situações mais ou menos urgentes um funcionário ou funcionária sem quaisquer habilitações ou formação para o efeito, nem poderá o aspecto (que reputo anedótico) do mesmo ver ou não ver sangue servir, evidentemente, de base a uma decisão dessa natureza;
3 – Deverão os senhores e senhoras funcionários do Centro de Saúde, tal como de outros serviços, receber formação adequada para o atendimento ao público, em que fique claro nas suas mentes, entre outros aspectos, aquilo que deve ou não ser dito a quem lá busca socorro para os seus males;
4 – Qualquer funcionário deve estar, também, completamente esclarecido de que o cumprimento do seu próprio dever não pode estar dependente de os utentes do correspondente serviço pedirem ou não o livro de reclamações, para nele expressarem as suas queixas.
Queira pois Vª Exa., Senhor Director, tomar as devidas providências para que estas situações, que lançam pesado desdouro sobre uns serviços que tão profundamente considero e respeito, não se repitam.
E sem mais de momento, subscrevo-me com a máxima consideração.
Nordeste, 26 de Março de 2010
Exmo. Senhor Director do Centro de Saúde do Nordeste:
Peço a melhor atenção de Vª Exa. para o que passo a expor.
Na passada quarta feira, dia 24 do corrente, por volta das doze horas e trinta minutos, acompanhei uma colega (tal como eu própria professora na Escola Secundária do Nordeste) aos serviços de atendimento permanente do vosso Centro de Saúde, em virtude de a mesma se encontrar a queixar-se vivamente de dores num joelho e perna, por ter escorregado e caído ao entrar na Escola. Fez a dita senhora a respectiva inscrição nos serviços administrativos, tendo seguidamente eu tocado à campainha (na porta correspondente ao atendimento permanente) e exposto o caso à senhora funcionária que nos atendeu, senhora que não conheço pessoalmente mas que pelo trajo – bata azul clara – supus e suponho tratar-se de uma auxiliar. Disse-nos essa senhora que o senhor enfermeiro de serviço se encontrava a almoçar, que também não se encontrava nenhum médico e pediu-nos que esperássemos um bocadinho.
Assim fizémos. Mas quando o “bocadinho” me pareceu excessivamente extenso, voltei a tocar à campainha, e ao ser de novo atendida pela mesma senhora perguntei-lhe se tinha informado o senhor enfermeiro do que se passava, ao que ela me respondeu que não, pois o dito senhor se encontrava a almoçar e ela “não tinha visto sangue” (sic). Como apesar de não ser médica, nem sequer enfermeira, estou ao corrente (como a maioria das pessoas estará) de que se pode estar seriamente afectado sem que o sangue escorra de modo visível, tal resposta afigurou-se-me em extremo desapropriada, tendo proferido acto contínuo a ameaça de pedir o livro de reclamações do Centro, para nele registar o sucedido.
Não foi porém necessário fazê-lo, uma vez que a senhora funcionária terá efectivamente comunicado de imediato - e só então - com o senhor enfermeiro de serviço, que daí a poucos minutos atendeu a minha colega, sendo esta devidamente observada, depois, também por um médico.
Quase que se tornam desnecessários os comentários a estes factos, mas permita-me, Senhor Director, que faça pelo menos os seguintes:
1 - Se se trata de um serviço de atendimento permanente, parece ser de esperar que enquanto o senhor enfermeiro de serviço se encontra a almoçar, outro deverá estar a substituí-lo, ou deverá ser claro para os funcionários auxiliares que deverão comunicar de imediato com o primeiro, na impossibilidade de ocorrer a substituição;
2 – Não poderá, obviamente, ser responsável pela triagem entre situações mais ou menos urgentes um funcionário ou funcionária sem quaisquer habilitações ou formação para o efeito, nem poderá o aspecto (que reputo anedótico) do mesmo ver ou não ver sangue servir, evidentemente, de base a uma decisão dessa natureza;
3 – Deverão os senhores e senhoras funcionários do Centro de Saúde, tal como de outros serviços, receber formação adequada para o atendimento ao público, em que fique claro nas suas mentes, entre outros aspectos, aquilo que deve ou não ser dito a quem lá busca socorro para os seus males;
4 – Qualquer funcionário deve estar, também, completamente esclarecido de que o cumprimento do seu próprio dever não pode estar dependente de os utentes do correspondente serviço pedirem ou não o livro de reclamações, para nele expressarem as suas queixas.
Queira pois Vª Exa., Senhor Director, tomar as devidas providências para que estas situações, que lançam pesado desdouro sobre uns serviços que tão profundamente considero e respeito, não se repitam.
E sem mais de momento, subscrevo-me com a máxima consideração.
Nordeste, 26 de Março de 2010
terça-feira, 23 de março de 2010
E quanto aos taludes...
Quem havia de dizer que eu me poria a estudar geotecnia.
(Mil perdões. O texto desformatou todo, vá lá saber-se porquê. Retirei-o. Mas para quem estiver interessado é fácil, basta pesquisar em "estabilização de taludes".)
(Mil perdões. O texto desformatou todo, vá lá saber-se porquê. Retirei-o. Mas para quem estiver interessado é fácil, basta pesquisar em "estabilização de taludes".)
segunda-feira, 22 de março de 2010
E...é tudo???
...Entretanto, para reparar estragos causados pelo mau tempo ocorrido no início do mês, o Governo Regional dos Açores anunciou a adjudicação de duas empreitadas na estrada regional do Nordeste, em S. Miguel, Uma das empreitadas, orçada em 190 mil euros, visa a construção de um aqueduto e a reconstrução de uma plataforma na estrada regional, na zona do Pico da Criação, freguesia dos Fenais da Ajuda.
A obra tem carácter de urgência já que permitirá restabelecer a circulação no troço entre a Ribeira Funda e Fenais da Ajuda, actualmente encerrado ao trânsito automóvel devido ao colapso do viaduto.
A segunda empreitada, no valor de 70 mil euros, visa a execução de sistemas de drenagem em três troços da estrada regional, na freguesia da Achadinha.
A obra destina-se a repor as condições de segurança na circulação rodoviária entre a Achada e a Achadinha, actualmente condicionada pelo estreitamento da via na sequência do mau tempo que atingiu o concelho do Nordeste a 1 de Março.
A obra tem carácter de urgência já que permitirá restabelecer a circulação no troço entre a Ribeira Funda e Fenais da Ajuda, actualmente encerrado ao trânsito automóvel devido ao colapso do viaduto.
A segunda empreitada, no valor de 70 mil euros, visa a execução de sistemas de drenagem em três troços da estrada regional, na freguesia da Achadinha.
A obra destina-se a repor as condições de segurança na circulação rodoviária entre a Achada e a Achadinha, actualmente condicionada pelo estreitamento da via na sequência do mau tempo que atingiu o concelho do Nordeste a 1 de Março.
sexta-feira, 19 de março de 2010
Benvindo...
Autocarro novo, segurado, licenciado, inspeccionado - e destruído
Reunia todas as condições de segurança o autocarro apanhado por uma derrocada, no início deste mês de Março, no Nordeste, ilha de São Miguel.
O veículo apresentava todas as condições de circulação na via pública, nomeadamente, seguros, licenças e inspecções, reunindo, portanto, todos os requisitos de segurança necessários ao transporte colectivo de passageiros.
O autocarro envolvido no acidente tinha, apenas, três anos. Tratava-se de um veículo novo.
Esta é a conclusão do inquérito aberto pelo Governo açoriano.
No acidente, morreram duas pessoas: o próprio condutor do autocarro e uma menina que seguia para a escola. Outras duas crianças ficaram feridas.
Notícia: Antena 1 /Açores
O autocarro em questão reunia todas as condições de segurança, está visto.
A pedra que lhe bateu é que provavelmente não.
Onde se vê que a estupidez pode atingir níveis inimaginados.
O veículo apresentava todas as condições de circulação na via pública, nomeadamente, seguros, licenças e inspecções, reunindo, portanto, todos os requisitos de segurança necessários ao transporte colectivo de passageiros.
O autocarro envolvido no acidente tinha, apenas, três anos. Tratava-se de um veículo novo.
Esta é a conclusão do inquérito aberto pelo Governo açoriano.
No acidente, morreram duas pessoas: o próprio condutor do autocarro e uma menina que seguia para a escola. Outras duas crianças ficaram feridas.
Notícia: Antena 1 /Açores
O autocarro em questão reunia todas as condições de segurança, está visto.
A pedra que lhe bateu é que provavelmente não.
Onde se vê que a estupidez pode atingir níveis inimaginados.
quinta-feira, 18 de março de 2010
Afinal...vamos pagar as scuts?
As comissões de utentes contra as portagens nas autoestradas sem custos para o utilizador (SCUT) consideraram hoje que o Governo "estará a precipitar-se" ao afirmar que cobrará portagens em 2010.
Em declarações à Lusa, o porta voz desses movimentos, José Luís Ferreira, afirmou que "há alguma precipitação" por parte do Governo, uma vez que ainda "há uma série de elementos que não estão esclarecidos e definidos" para que seja possível arrancar com a cobrança de portagens nas SCUT este ano.
Em entrevista ao Jornal de Notícias, publicada na edição de hoje, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, afirma que a cobrança de portagens nas SCUT do Grande Porto, Costa de Prata e Norte Litoral arranca este ano.
E nos Açores??? On verra bien...As scuts vão ter de se pagar, de uma forma ou de outra!
Em declarações à Lusa, o porta voz desses movimentos, José Luís Ferreira, afirmou que "há alguma precipitação" por parte do Governo, uma vez que ainda "há uma série de elementos que não estão esclarecidos e definidos" para que seja possível arrancar com a cobrança de portagens nas SCUT este ano.
Em entrevista ao Jornal de Notícias, publicada na edição de hoje, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, afirma que a cobrança de portagens nas SCUT do Grande Porto, Costa de Prata e Norte Litoral arranca este ano.
E nos Açores??? On verra bien...As scuts vão ter de se pagar, de uma forma ou de outra!
domingo, 14 de março de 2010
Tua (afluente do Douro, margem direita)
Mirandela: Buscas terminaram sem encontrar corpo da criança desaparecida no Tua
Mirandela, 14 mar (Lusa) - A grande operação de busca realizada hoje no rio Tua, em Mirandela, revelou-se infrutífera, tendo sido dada por terminada sem ser possível recuperar o corpo da criança desaparecida há 13 dias.
"Frustração" foi o sentimento manifestado pelo comandante das operações, Melo Gomes, que continua convencido de que o corpo está próximo do local onde o rapaz desapareceu.
"É possível que esteja escondido", disse aos jornalistas, explicando a falta de resultados, apesar do "elevado empenho", com a sinuosidade do rio e os detritos que arrasta.
Mirandela, 14 mar (Lusa) - A grande operação de busca realizada hoje no rio Tua, em Mirandela, revelou-se infrutífera, tendo sido dada por terminada sem ser possível recuperar o corpo da criança desaparecida há 13 dias.
"Frustração" foi o sentimento manifestado pelo comandante das operações, Melo Gomes, que continua convencido de que o corpo está próximo do local onde o rapaz desapareceu.
"É possível que esteja escondido", disse aos jornalistas, explicando a falta de resultados, apesar do "elevado empenho", com a sinuosidade do rio e os detritos que arrasta.
sábado, 13 de março de 2010
Calduços e Cª
Devo começar por dizer que dos dois dicionários que nesta casa tenho nenhum refere o termo "calduços", que pelo sentido, assim e tão somente, deduzo que sejam toutições, isto é palmadas no toutiço, coisa que um professor não pode dar aos alunos mas que, pelos vistos, eles podem dar ao professor, impunemente já se vê.
A palavra deve ser um regionalismo, mas o comportamento abrange mais vasta área.
Recordo-me de que, enquanto aluna do então 1º ano do liceu - hoje 5º ano - tive dois professores, padres ambos, mas no resto apreciavelmente diferentes.
Um deles, o Pe. J. F., leccionava Moral e Religião. Nunca castigava ninguém, embora ralhasse constantemente com a minha turma, inclusivamente interagindo fisicamente com os alunos mais traquinas e barulhentos, que agarrava e tentava tanto sentar nas carteiras como que se reduzissem ao silêncio, sem nenhum sucesso aliás. Certo é que nos idos da década de sessenta nenhum aluno levava muito mais longe do que isto as faltas de respeito a um professor. Quanto a mim, e por não ser por natureza excessivamente irrequieta nem faladora nas aulas, ficava tranquila na minha cadeira, a pensar isso sim, que no fim da aula talvez tivesse de me defender de algum colega que entendese que a minha atitude sossegada era inconveniente, pela moldura desastrosa que faria ao mau comportamento da generalidade dos demais.
Entretanto, dotada naqueles tempos de reflexos rápidos, bons pés e bons dentes, tal perspectiva não me afligia em excesso. Tempos em que não se falava de bullying - embora existisse. Um dos factos da vida era que uma pessoa tinha de se defender de agressões, por mais injustas que fossem; pois se o não fizesse seria tomada como saco de porrada e destinatária de brincadeiras estúpidas, e pronto.
Nunca me ocorreu fazer intervir um adulto em minha defesa em nenhuma das agressões de que também fui alvo, embora teimasse (perante a incompreensão de minha mãe) em ir de botas para a escola, mesmo no tempo quente, e isto por ter rapidamente percebido que com sandálias não se dão bons pontapés.
O Padre J. F., em resumo, era constantemente gozado e desrespeitado por todos, à moda daqueles tempos, que hoje será considerada soft.
O outro professor meu também padre era o Pe. Dr. M., que além de padre era licenciado pela Sorbonne (talvez em sociologia, mas não tenho a certeza) e leccionava Português e também Francês, creio. Todos o respeitavam. Nas suas aulas, ouviam-se as moscas, e mais a sua voz cuidada, a sua dicção perfeita - e por vezes as nossas vozes tímidas, mas isso só quando por ele questionados.
Cá por mim simpatizava com ambos, embora a simpatia pelo pobre sr. Pe. J.F. não deixasse de se apresentar embrulhada num pouco de piedade.
Durante muitos anos dei tratos à bola para perceber por que razão um era tão respeitado e o outro não. Já tenho algumas respostas. Quem me ajuda a encontrar mais?
A palavra deve ser um regionalismo, mas o comportamento abrange mais vasta área.
Recordo-me de que, enquanto aluna do então 1º ano do liceu - hoje 5º ano - tive dois professores, padres ambos, mas no resto apreciavelmente diferentes.
Um deles, o Pe. J. F., leccionava Moral e Religião. Nunca castigava ninguém, embora ralhasse constantemente com a minha turma, inclusivamente interagindo fisicamente com os alunos mais traquinas e barulhentos, que agarrava e tentava tanto sentar nas carteiras como que se reduzissem ao silêncio, sem nenhum sucesso aliás. Certo é que nos idos da década de sessenta nenhum aluno levava muito mais longe do que isto as faltas de respeito a um professor. Quanto a mim, e por não ser por natureza excessivamente irrequieta nem faladora nas aulas, ficava tranquila na minha cadeira, a pensar isso sim, que no fim da aula talvez tivesse de me defender de algum colega que entendese que a minha atitude sossegada era inconveniente, pela moldura desastrosa que faria ao mau comportamento da generalidade dos demais.
Entretanto, dotada naqueles tempos de reflexos rápidos, bons pés e bons dentes, tal perspectiva não me afligia em excesso. Tempos em que não se falava de bullying - embora existisse. Um dos factos da vida era que uma pessoa tinha de se defender de agressões, por mais injustas que fossem; pois se o não fizesse seria tomada como saco de porrada e destinatária de brincadeiras estúpidas, e pronto.
Nunca me ocorreu fazer intervir um adulto em minha defesa em nenhuma das agressões de que também fui alvo, embora teimasse (perante a incompreensão de minha mãe) em ir de botas para a escola, mesmo no tempo quente, e isto por ter rapidamente percebido que com sandálias não se dão bons pontapés.
O Padre J. F., em resumo, era constantemente gozado e desrespeitado por todos, à moda daqueles tempos, que hoje será considerada soft.
O outro professor meu também padre era o Pe. Dr. M., que além de padre era licenciado pela Sorbonne (talvez em sociologia, mas não tenho a certeza) e leccionava Português e também Francês, creio. Todos o respeitavam. Nas suas aulas, ouviam-se as moscas, e mais a sua voz cuidada, a sua dicção perfeita - e por vezes as nossas vozes tímidas, mas isso só quando por ele questionados.
Cá por mim simpatizava com ambos, embora a simpatia pelo pobre sr. Pe. J.F. não deixasse de se apresentar embrulhada num pouco de piedade.
Durante muitos anos dei tratos à bola para perceber por que razão um era tão respeitado e o outro não. Já tenho algumas respostas. Quem me ajuda a encontrar mais?
Sumário: continuação da lição anterior
Jornal i:
Na manhã de 9 de Fevereiro, L. V. C. parou o carro no tabuleiro da Ponte 25 de Abril, no sentido Lisboa-Almada. Saiu do Ford Fiesta e saltou para o rio. Há vários meses que o professor de música da Escola Básica 2+3 de Fitares (Sintra), planearia a sua morte. Em Novembro escreveu uma nota no computador de casa a justificar o motivo: "Se o meu destino é sofrer, dando aulas a alunos que não me respeitam e me põem fora de mim, não tendo outras fontes de rendimentos, a única solução apaziguadora será o suicídio".
L. V. C., sociólogo de formação, tinha 51 anos, vivia com os pais em Oeiras, era professor de música contratado e foi colocado este ano lectivo na Escola Básica 2+3 de Fitares, em Sintra. Logo nos primeiros dias terão começado os problemas com um grupo de alunos do 9º ano. A indisciplina na sala de aula foi crescendo todos os dias, chegando ao ponto de não conseguir ser ouvido. Dentro da sala, e ao longo de meses, os alunos chamaram-lhe careca, tiraram-lhe o comando da aparelhagem das mãos, subindo e descendo o volume de som, desligaram a ficha do retroprojector, viraram as imagens projectadas de cabeça para baixo.
Houve vezes em que L. V. C. expulsou os alunos da sala, vezes em que fez participações disciplinares. Foram pelo menos sete as queixas escritas que terá feito à direcção da escola, alertando para o comportamento de um aluno em particular. Colegas e familiares do professor de música asseguram que a direcção não instaurou nenhum processo disciplinar.
O i tentou confirmar esta informação, mas a directora do agrupamento escolar, Cristina Frazão, explicou que só prestaria esclarecimentos mediante autorização da Direcção Regional de Educação de Lisboa. Contactada pelo i, a entidade não respondeu até ao fecho desta edição. A Inspecção-Geral de Educação, também contactada pelo i, remeteu o caso para o Ministério de Educação que, por seu turno, não prestou esclarecimentos.
O i teve acesso a uma das participações feitas pelo professor de música. No dia 15 de Outubro de 2009, L. V. C. dirigiu à direcção da escola uma "participação de ocorrência disciplinar", informando que marcou falta disciplinar a um aluno e propondo que fossem aplicadas "medidas sancionatórias". Invocou vários motivos, entre os quais "afirmações provocatórias", insultos ou resistência do aluno em abandonar a sala.
O professor de música desabafou que não suportava mais dar aulas àquela turma do 9º ano: "Nos últimos meses, já se acanhava perante os seus alunos como se tivesse culpa", explicou ao i um familiar. Atravessar o corredor da escola foi um dos seus pesadelos, é aí que os alunos se concentram quando chove: "Um dia, chamaram-lhe cão." Nos outros dias, deram-lhe "calduços" na nuca à medida que caminhava até à sua sala de aula.
Alguns professores testemunharam a "humilhação" de L. V. C. nos corredores da escola e sabiam que se sentia angustiado por "não ser respeitado pelos alunos". Só não desconfiavam que a angústia se tivesse transformado em desespero. O professor de música não falava com ninguém. Chegava às sete da manhã para preparar a aula. Montava o equipamento de som, carregava os instrumentos musicais da arrecadação até à sala. Deixava tudo pronto e depois entrava no carro: "Ficava ali dentro, de braços cruzados, e só saia para dar a aula." L. V. C. preferia estar no carro em vez de enfrentar uma sala de convívio cheia de colegas: "Era mais frágil do que nós, dava para perceber que não tinha o mesmo estofo."
Sentia os problemas de indisciplina como "autênticos moinhos de vento", conta o psicólogo que o seguiu nos últimos dois anos. L. V. C. tinha acompanhamento psicológico e psiquiátrico e era ainda seguido por uma médica de família: "Todos os técnicos de saúde que o acompanharam aconselharam uma baixa médica porque o seu quadro clínico se agravou", conta o especialista, esclarecendo que o seu paciente "tinha fragilidades psicológicas inerentes a ele próprio". Falhas que se deterioraram. Meses antes da sua morte, pensava com insistência que lhe restava "pouco espaço de manobra".
"Evitava expulsar os alunos porque temia parecer inábil perante a direcção da escola", diz o psicólogo. Fez ainda várias tentativas antes de se sentir encurralado. Mudou os alunos problemáticos de lugar, teve explicações particulares e aprendeu a trabalhar com as novas tecnologias aplicadas à música. Introduziu equipamento multimédia para cativar os adolescentes. Não resultou. Acabaram-se os trunfos. O psicólogo fez uma recomendação à médica de família para passar uma baixa ao seu paciente por "temer o pior". "Tentámos travá-lo, mas ele próprio já não queria parar. Só parou quando se atirou ao Tejo."
Só um comentário (dos muitos) a esta notícia:
O problema não se encontra só nas casas e na educação doméstica, também se encontra nas escolas. Cada vez mais se tem tirado poder aos professores e dado esse poder aos alunos e familiares. O professor não tem autoridade para tomar acção contra o aluno ou até para se proteger, e claro que quando os alunos se apercebem disso tentam esticar a corda até onde podem. Ler que alunos davam calduços a um professor na escola é inconcebivel, em qualquer escola digna desse nome esses alunos efrentavam expulsão da instituição, ou no mínimo uma suspensão pesada. Se querem retirar autoridade aos professores, aos auxiliares educativos, ao menos façam como em Inglaterra, mantenham um policia na escola para lidar com os alunos abusivos. Infelizmente ainda se acredita na inocência infantil, mesmo com miudos a começarem a roubar aos 12/13 anos. Retiram-se os mecanismos de impôr autoridade aos professores e auxiliares. Perdoa-se e desculpa-se tudo aos meninos, e centra-se a educação nos que arranjam problemas e não nos que querem aprender. Ainda nos admiramos com estas situações? Os pais são um dos problemas, mas a constante degradação do ensino é o maior e tem de ser resolvido.
Na manhã de 9 de Fevereiro, L. V. C. parou o carro no tabuleiro da Ponte 25 de Abril, no sentido Lisboa-Almada. Saiu do Ford Fiesta e saltou para o rio. Há vários meses que o professor de música da Escola Básica 2+3 de Fitares (Sintra), planearia a sua morte. Em Novembro escreveu uma nota no computador de casa a justificar o motivo: "Se o meu destino é sofrer, dando aulas a alunos que não me respeitam e me põem fora de mim, não tendo outras fontes de rendimentos, a única solução apaziguadora será o suicídio".
L. V. C., sociólogo de formação, tinha 51 anos, vivia com os pais em Oeiras, era professor de música contratado e foi colocado este ano lectivo na Escola Básica 2+3 de Fitares, em Sintra. Logo nos primeiros dias terão começado os problemas com um grupo de alunos do 9º ano. A indisciplina na sala de aula foi crescendo todos os dias, chegando ao ponto de não conseguir ser ouvido. Dentro da sala, e ao longo de meses, os alunos chamaram-lhe careca, tiraram-lhe o comando da aparelhagem das mãos, subindo e descendo o volume de som, desligaram a ficha do retroprojector, viraram as imagens projectadas de cabeça para baixo.
Houve vezes em que L. V. C. expulsou os alunos da sala, vezes em que fez participações disciplinares. Foram pelo menos sete as queixas escritas que terá feito à direcção da escola, alertando para o comportamento de um aluno em particular. Colegas e familiares do professor de música asseguram que a direcção não instaurou nenhum processo disciplinar.
O i tentou confirmar esta informação, mas a directora do agrupamento escolar, Cristina Frazão, explicou que só prestaria esclarecimentos mediante autorização da Direcção Regional de Educação de Lisboa. Contactada pelo i, a entidade não respondeu até ao fecho desta edição. A Inspecção-Geral de Educação, também contactada pelo i, remeteu o caso para o Ministério de Educação que, por seu turno, não prestou esclarecimentos.
O i teve acesso a uma das participações feitas pelo professor de música. No dia 15 de Outubro de 2009, L. V. C. dirigiu à direcção da escola uma "participação de ocorrência disciplinar", informando que marcou falta disciplinar a um aluno e propondo que fossem aplicadas "medidas sancionatórias". Invocou vários motivos, entre os quais "afirmações provocatórias", insultos ou resistência do aluno em abandonar a sala.
O professor de música desabafou que não suportava mais dar aulas àquela turma do 9º ano: "Nos últimos meses, já se acanhava perante os seus alunos como se tivesse culpa", explicou ao i um familiar. Atravessar o corredor da escola foi um dos seus pesadelos, é aí que os alunos se concentram quando chove: "Um dia, chamaram-lhe cão." Nos outros dias, deram-lhe "calduços" na nuca à medida que caminhava até à sua sala de aula.
Alguns professores testemunharam a "humilhação" de L. V. C. nos corredores da escola e sabiam que se sentia angustiado por "não ser respeitado pelos alunos". Só não desconfiavam que a angústia se tivesse transformado em desespero. O professor de música não falava com ninguém. Chegava às sete da manhã para preparar a aula. Montava o equipamento de som, carregava os instrumentos musicais da arrecadação até à sala. Deixava tudo pronto e depois entrava no carro: "Ficava ali dentro, de braços cruzados, e só saia para dar a aula." L. V. C. preferia estar no carro em vez de enfrentar uma sala de convívio cheia de colegas: "Era mais frágil do que nós, dava para perceber que não tinha o mesmo estofo."
Sentia os problemas de indisciplina como "autênticos moinhos de vento", conta o psicólogo que o seguiu nos últimos dois anos. L. V. C. tinha acompanhamento psicológico e psiquiátrico e era ainda seguido por uma médica de família: "Todos os técnicos de saúde que o acompanharam aconselharam uma baixa médica porque o seu quadro clínico se agravou", conta o especialista, esclarecendo que o seu paciente "tinha fragilidades psicológicas inerentes a ele próprio". Falhas que se deterioraram. Meses antes da sua morte, pensava com insistência que lhe restava "pouco espaço de manobra".
"Evitava expulsar os alunos porque temia parecer inábil perante a direcção da escola", diz o psicólogo. Fez ainda várias tentativas antes de se sentir encurralado. Mudou os alunos problemáticos de lugar, teve explicações particulares e aprendeu a trabalhar com as novas tecnologias aplicadas à música. Introduziu equipamento multimédia para cativar os adolescentes. Não resultou. Acabaram-se os trunfos. O psicólogo fez uma recomendação à médica de família para passar uma baixa ao seu paciente por "temer o pior". "Tentámos travá-lo, mas ele próprio já não queria parar. Só parou quando se atirou ao Tejo."
Só um comentário (dos muitos) a esta notícia:
O problema não se encontra só nas casas e na educação doméstica, também se encontra nas escolas. Cada vez mais se tem tirado poder aos professores e dado esse poder aos alunos e familiares. O professor não tem autoridade para tomar acção contra o aluno ou até para se proteger, e claro que quando os alunos se apercebem disso tentam esticar a corda até onde podem. Ler que alunos davam calduços a um professor na escola é inconcebivel, em qualquer escola digna desse nome esses alunos efrentavam expulsão da instituição, ou no mínimo uma suspensão pesada. Se querem retirar autoridade aos professores, aos auxiliares educativos, ao menos façam como em Inglaterra, mantenham um policia na escola para lidar com os alunos abusivos. Infelizmente ainda se acredita na inocência infantil, mesmo com miudos a começarem a roubar aos 12/13 anos. Retiram-se os mecanismos de impôr autoridade aos professores e auxiliares. Perdoa-se e desculpa-se tudo aos meninos, e centra-se a educação nos que arranjam problemas e não nos que querem aprender. Ainda nos admiramos com estas situações? Os pais são um dos problemas, mas a constante degradação do ensino é o maior e tem de ser resolvido.
Afinal ainda existe a JEC...agora chama-se MCE
Moção sobre Educação
Aprovada no 30.º Conselho Nacional do Movimento Católico de Estudantes
Apresentamos esta moção no momento em que a Educação é chamada à reflexão e discussão, um pouco por toda a parte, na nossa sociedade. Seguimos diariamente uma enormidade de discursos, que se propõem a essa mesma reflexão – a uma revisão do sentido que esta deve tomar no seio do desenvolvimento humano nos seus mais diversos níveis, como por exemplo, o intelectual e o sócio-cultural cultural.
Falar de Educação pressupõe, logo à partida, partir de uma perspectiva que não a reduza ao simples exercício escolar, mas antes a reconsidere como uma dimensão da existência humana, em si multifacetada e de uma grande complexidade. Comecemos por aí. Afinal, como vê a sociedade a nossa Educação? Não a verá como a mera exposição de um conjunto de instrumentos e métodos, numa lógica estandardizada, tal como está definida a escola em Portugal? De facto, preocupa-nos saber que a Educação esteja a caminhar para uma condição claustrofóbica. A escola deve ser entendida como um espaço de promoção do desenvolvimento humano, de integração de valor, de afirmação de fé e, em suma, transformação pessoal. Porém, jamais esta deverá ser o resumo da Educação.
1. A missão da Educação
- A Educação deve estar presente em todo o processo de desenvolvimento do indivíduo. Entenda-se pois, o contexto familiar, religioso, sócio-cultural, profissional, entre outros, como espaços promotores de educação e abandone-se, desde já, a ideia demagógica de que a educação é o grosso sinónimo da relação entre professor e aluno.
- Valorizar a Educação obriga-nos a considerar que esta se adianta à simples transmissão de conhecimentos formais; ela é, antes de mais, informalmente formal: deve promover a integração dos valores individuais e ético-sociais no modo de pensar e agir de cada pessoa em desenvolvimento.
2. A família e a educação
- A família, enquanto primeiro agente de socialização vai funcionar como o nosso primeiro contacto com a educação. É nesta que adquirimos os princípios e os valores para a nossa vida e jamais a devemos colocar num segundo plano na educação. Na altura em que falamos em desafios para a educação, torna-se fundamental sublinhar que sobretudo os pais dos nossos jovens cumpram o seu compromisso educativo, tendo um papel mais activo e responsável no percurso dos seus filhos.
3. O papel da escola
- A escola deve ser o motor primordial de desenvolvimento cultural de cada indivíduo, constituindo o espaço privilegiado de transmissão de conhecimentos formais, nunca deixando de ser, paralelamente, um agente de socialização e formação para a cidadania.
- Sendo uma parte integrante no processo, o professor deve alhear-se às práticas educativas que ignorem a reflexão de valores básicos da vida humana. É, portanto, a unidade que promove o sentido de comunidade nos seus alunos, passando a representar mais do que um simples “mestre” que transmite apenas conhecimento.
- Afirmar, conscientemente, a importância da reflexão e integração dos valores na educarão em escola, é também sublinhar que se torna sumariamente fundamental, garantir nas primeiras fases do percurso escolar, que esta seja reconhecida, significativamente, nos sistemas de avaliação do aluno, de forma que este tenha consciência da importância destes valores na sua vida.
- Para além dos desafios já referidos, a educação em escola, deve garantir a construção da personalidade e a preservação dos direitos da individualidade; o ensino é agora um “fenómeno de massas”, e há muito que deixou de promover a personalização de cada indivíduo, sublinhando-se que tal projecto deve isolar-se de qualquer forma de emergência de ambientes competitivos e individualistas. A aposta deve ser sim, no desenvolvimento do espírito crítico e da capacidade de pensar por si, construir ou produzir.
- Fazer Educação remete-nos para o desafio de prolongar cada uma das suas práticas à vida de cada indivíduo: é mais do que um mero conjunto de metodologias, deve ser sim, um espaço de aprofundamento dessas mesmas metodologias no modo de cada um construir o seu projecto de vida.
- Por outro lado, é fundamental pensar sobre tais práticas antes, durante e depois da sua aplicação e abandonar a postura passiva que, fundamentalmente, professores (mas também os alunos) apresentam quando nunca questionam o seu próprio modo de ensinar e desenvolver aprendizagens nos seus alunos.
4. A sociedade, a escola e a Educação
- Esta é a era dos números e das percentagens, das estatísticas. Mais do que isto, preferimos a qualidade do ensino, a garantia de melhores espaços de educação, das melhores práticas e metodologias, do maior e melhor desenvolvimento.
- O futuro da educação passa por exigir de cada um de nós a certeza de que as práticas educativas deixarão de ser instrumentalizadas e de se encontrar ao serviço de interesses alheios, perdendo o seu verdadeiro sentido. É fundamental, com isto, garantir que todo o processo educativo tem, antes de mais, presente o desenvolvimento livre de cada indivíduo, oferecendo-lhe oportunidades, contrariamente ao que tem acontecido: criar-lhe apenas condições.
- A Educação é também um valor. Um valor básico da vida, um direito e um dever que todos recebemos. Por isso, todos devemos ter igualdade no acesso à educação, travando-se a luta pelo fim da marginalização que, muito frequentemente, ainda vemos acontecer nas escolas portuguesas. O valor da igualdade é, por tudo isto, a alternativa a esta realidade; igualdade no acesso à educação, igualdade nas oportunidades de aprendizagem ao longo do desenvolvimento (a organização do espaço escolar não deve discriminar pessoas pelas suas diferenças individuais, mas antes tentar a sua inclusão).
- O espaço escolar passa a caracterizar-se como uma unidade integradora de toda a comunidade educativa: alunos, funcionários docentes e não-docentes, pais e organizações sócio-culturais, alargando assim, o processo de educação a toda a comunidade.
Não poderíamos fechar esta reflexão em torno da educação, sem antes dizer o que habitualmente o Movimento vem dizendo aos seus militantes, mudar a organização da educação está ao alcance de cada um, parte deste já dito fenómeno complexo.
Aprovada no 30.º Conselho Nacional do Movimento Católico de Estudantes
Apresentamos esta moção no momento em que a Educação é chamada à reflexão e discussão, um pouco por toda a parte, na nossa sociedade. Seguimos diariamente uma enormidade de discursos, que se propõem a essa mesma reflexão – a uma revisão do sentido que esta deve tomar no seio do desenvolvimento humano nos seus mais diversos níveis, como por exemplo, o intelectual e o sócio-cultural cultural.
Falar de Educação pressupõe, logo à partida, partir de uma perspectiva que não a reduza ao simples exercício escolar, mas antes a reconsidere como uma dimensão da existência humana, em si multifacetada e de uma grande complexidade. Comecemos por aí. Afinal, como vê a sociedade a nossa Educação? Não a verá como a mera exposição de um conjunto de instrumentos e métodos, numa lógica estandardizada, tal como está definida a escola em Portugal? De facto, preocupa-nos saber que a Educação esteja a caminhar para uma condição claustrofóbica. A escola deve ser entendida como um espaço de promoção do desenvolvimento humano, de integração de valor, de afirmação de fé e, em suma, transformação pessoal. Porém, jamais esta deverá ser o resumo da Educação.
1. A missão da Educação
- A Educação deve estar presente em todo o processo de desenvolvimento do indivíduo. Entenda-se pois, o contexto familiar, religioso, sócio-cultural, profissional, entre outros, como espaços promotores de educação e abandone-se, desde já, a ideia demagógica de que a educação é o grosso sinónimo da relação entre professor e aluno.
- Valorizar a Educação obriga-nos a considerar que esta se adianta à simples transmissão de conhecimentos formais; ela é, antes de mais, informalmente formal: deve promover a integração dos valores individuais e ético-sociais no modo de pensar e agir de cada pessoa em desenvolvimento.
2. A família e a educação
- A família, enquanto primeiro agente de socialização vai funcionar como o nosso primeiro contacto com a educação. É nesta que adquirimos os princípios e os valores para a nossa vida e jamais a devemos colocar num segundo plano na educação. Na altura em que falamos em desafios para a educação, torna-se fundamental sublinhar que sobretudo os pais dos nossos jovens cumpram o seu compromisso educativo, tendo um papel mais activo e responsável no percurso dos seus filhos.
3. O papel da escola
- A escola deve ser o motor primordial de desenvolvimento cultural de cada indivíduo, constituindo o espaço privilegiado de transmissão de conhecimentos formais, nunca deixando de ser, paralelamente, um agente de socialização e formação para a cidadania.
- Sendo uma parte integrante no processo, o professor deve alhear-se às práticas educativas que ignorem a reflexão de valores básicos da vida humana. É, portanto, a unidade que promove o sentido de comunidade nos seus alunos, passando a representar mais do que um simples “mestre” que transmite apenas conhecimento.
- Afirmar, conscientemente, a importância da reflexão e integração dos valores na educarão em escola, é também sublinhar que se torna sumariamente fundamental, garantir nas primeiras fases do percurso escolar, que esta seja reconhecida, significativamente, nos sistemas de avaliação do aluno, de forma que este tenha consciência da importância destes valores na sua vida.
- Para além dos desafios já referidos, a educação em escola, deve garantir a construção da personalidade e a preservação dos direitos da individualidade; o ensino é agora um “fenómeno de massas”, e há muito que deixou de promover a personalização de cada indivíduo, sublinhando-se que tal projecto deve isolar-se de qualquer forma de emergência de ambientes competitivos e individualistas. A aposta deve ser sim, no desenvolvimento do espírito crítico e da capacidade de pensar por si, construir ou produzir.
- Fazer Educação remete-nos para o desafio de prolongar cada uma das suas práticas à vida de cada indivíduo: é mais do que um mero conjunto de metodologias, deve ser sim, um espaço de aprofundamento dessas mesmas metodologias no modo de cada um construir o seu projecto de vida.
- Por outro lado, é fundamental pensar sobre tais práticas antes, durante e depois da sua aplicação e abandonar a postura passiva que, fundamentalmente, professores (mas também os alunos) apresentam quando nunca questionam o seu próprio modo de ensinar e desenvolver aprendizagens nos seus alunos.
4. A sociedade, a escola e a Educação
- Esta é a era dos números e das percentagens, das estatísticas. Mais do que isto, preferimos a qualidade do ensino, a garantia de melhores espaços de educação, das melhores práticas e metodologias, do maior e melhor desenvolvimento.
- O futuro da educação passa por exigir de cada um de nós a certeza de que as práticas educativas deixarão de ser instrumentalizadas e de se encontrar ao serviço de interesses alheios, perdendo o seu verdadeiro sentido. É fundamental, com isto, garantir que todo o processo educativo tem, antes de mais, presente o desenvolvimento livre de cada indivíduo, oferecendo-lhe oportunidades, contrariamente ao que tem acontecido: criar-lhe apenas condições.
- A Educação é também um valor. Um valor básico da vida, um direito e um dever que todos recebemos. Por isso, todos devemos ter igualdade no acesso à educação, travando-se a luta pelo fim da marginalização que, muito frequentemente, ainda vemos acontecer nas escolas portuguesas. O valor da igualdade é, por tudo isto, a alternativa a esta realidade; igualdade no acesso à educação, igualdade nas oportunidades de aprendizagem ao longo do desenvolvimento (a organização do espaço escolar não deve discriminar pessoas pelas suas diferenças individuais, mas antes tentar a sua inclusão).
- O espaço escolar passa a caracterizar-se como uma unidade integradora de toda a comunidade educativa: alunos, funcionários docentes e não-docentes, pais e organizações sócio-culturais, alargando assim, o processo de educação a toda a comunidade.
Não poderíamos fechar esta reflexão em torno da educação, sem antes dizer o que habitualmente o Movimento vem dizendo aos seus militantes, mudar a organização da educação está ao alcance de cada um, parte deste já dito fenómeno complexo.
Castelo dos Mouros, Sintra
Exmas. Autoridades Municipais de Sintra
Por favor tratem de substituir urgentemente estes degraus por pedra serrada, que estão muito estragados e são muito velhos e feios, uma vergonha. Hão-de dizer que Sintra é terra atrasada. A pedra serrada é que é in.
Pelo menos é isso que se pensa - e faz - por cá, e nós por cá percebemos da poda, como é sabido.
O sistema educativo onde alunos e professores põem termo à vida
12 Março 2010 - 12h23 Correio da Manhã
Ministério de Educação mandou abrir um inquérito urgente:
Professor suicida-se cansado da indisciplina dos alunos
Vale a pena ler os comentários a esta notícia. Não os transcrevo por numerosíssimos. Neles verifico mais uma vez que o povo português, na sua grande maioria, não está morto nem estupidificado, malgré todos os esforços nesse sentido.
E é por essa razão que, apesar de mais duas mortes, neste momento me sinto quase feliz...
É caso para parafrasear: e vereis qual é mais excelente, se ser do mundo rei...se desta gente!
Ministério de Educação mandou abrir um inquérito urgente:
Professor suicida-se cansado da indisciplina dos alunos
Vale a pena ler os comentários a esta notícia. Não os transcrevo por numerosíssimos. Neles verifico mais uma vez que o povo português, na sua grande maioria, não está morto nem estupidificado, malgré todos os esforços nesse sentido.
E é por essa razão que, apesar de mais duas mortes, neste momento me sinto quase feliz...
É caso para parafrasear: e vereis qual é mais excelente, se ser do mundo rei...se desta gente!
sexta-feira, 12 de março de 2010
Mais do eterno combate entre Miguel e Lusbel - em Portugal
...O Ministério Público concluiu que Leandro faltou a uma aula antes de almoço por se ter desentendido com um colega e, à mesa da cantina, foi ameaçado. Saiu a correr da escola com os primos e irmão atrás. A EB 2,3 Luciano Cordeiro não tinha ninguém a vigiar o portão.
O Ministério Público tem praticamente concluído o inquérito de averiguações ao caso do rapaz de 12 anos que se atirou ao rio Tua, em Mirandela, e continua desaparecido desde terça-feira. Já foram ouvidos familiares, elementos da direcção da escola e testemunhas que viram as crianças desde a saída do estabelecimento de ensino até ao parque de merendas, de onde Leandro se lançou à água.
Ao que o JN apurou, a meio da manhã de terça-feira, Leandro Pires e um colega protagonizaram um desentendimento, levando o rapaz a faltar a uma aula. No refeitório, amigos do outro aluno tê-lo-ão ameaçado, o que o levou a dizer que "iria atirar-se ao rio". Fugiu para a saída e, nessa altura, várias crianças, entre elas os primos, foram atrás, saindo todos pelo portão principal da escola, onde não haveria vigilante.
A primeira tentativa de impedir Leandro de se atirar ao rio aconteceu a meio da ponte açude, quando um primo o agarrou. No entanto, ao ser retirado, voltou a correr em direcção às escadas de acesso ao parque de merendas, deixando os restantes miúdos a uma distância considerável, suficiente para retirar a roupa e lançar-se ao rio.
No entanto, alguns segundos depois de Leandro ter-se lançado ao rio, uma das crianças que o seguiu pediu ajuda a um casal de namorados. A rapariga descalçou-se e entrou no rio, mas a forte corrente travou o ímpeto da jovem, que só viu Leandro ser arrastado.
Inquérito na escola
O inquérito do Ministério Público deve estar concluído no início da semana. Já o que está a decorrer na Escola Luciano Cordeiro, para averiguar o que terá acontecido no recinto escolar, deverá estar pronto na terça-feira. Entre as pessoas com quem a escola falou sobre o assunto não estiveram ainda incluídos os pais da criança. "Estamos sempre com eles e sabemos que ainda ninguém da escola os contactou", afirma Paula Nunes, tia de Leandro.
Silêncio absoluto
Até à conclusão do inquérito, a direcção do agrupamento e a Associação de Pais vão remeter-se ao silêncio. Essa foi uma das deliberações que saiu de uma reunião dos órgãos directivos da Associação de Pais e da escola. Numa nota informativa, a associação faz saber que, "tendo em conta o superior interesse dos alunos", vai aguardar o resultado do processo em curso, remetendo para o seu final "eventuais declarações".
No entanto, na mesma nota, a associação diz ser "conhecedora das ocorrências disciplinares participadas na escola e está certa que serão devidamente tratadas à luz do estatuto do aluno e do regulamento interno do agrupamento". Nesta informação, a associação que representa os pais expressa "o pesar e solidariedade" com a dor da família do rapaz.
A tia de Leandro diz também já ter contado à Polícia que a mãe de uma rapariga que, alegadamente, esteve envolvida no caso das agressões ao menino, ameaçou os primos dele. "Na quinta-feira, perseguiu o autocarro que transporta os miúdos para a aldeia de Cedaínhos e ameaçou-os dizendo que, se se metessem com a filha, tinham de ver-se com ela", conta .
Também alguns pais afirmam que, após revelarem episódios de violência na escola, foram alvo de retaliações. "A directora de turma da minha filha disse-lhe que os pais não devem meter-se no caso", conta Lucilene Correia, que denunciou um caso de agressão à filha, em Abril do ano passado, que ainda está em tribunal.
Entretanto, para segunda-feira à tarde, está a ser preparada, por um grupo de pais, uma marcha lenta de solidariedade para com a família de Leandro, entre a escola e o local da tragédia.
Comentários de leitores:
É vergonhoso o que se passou com o pequeno Leandro, e não venham os senhores da associação de pais dizer que nada sabiam. Se fosse o filho de um rico as coisas eram diferentes. E essa mãe perseguiu o autocarro para intimidar crianças deveria ter vergonha, da para perceber que o comportamento da filha não e culpa da menor mas fruto da educação da progenitora, realmente é verdadeiro o ditado: "lares de país, escola de filhos". Um forte abraço de coragem à família do Leandro.
Quero apenas dizer q para uma criança de 12 anos se suicidar, significa q na escola era muito mal tratado e nao iria fazer tal coisa se fosse so isto, acho q ja devia vir de trás e o(s) rapaz(es) q o intimidaram deviam ser castigados porq n era de tal forma q ele quis por fim a vida, os meus consentimentos para a familia.
Boas estou muito triste pelo k aconteceu , pois posso-vos dizer k sou mergulhador andei nas buscas e so ontem soube k o meu filho tambem ten sido vitima de bolyng. pois ja á algum tempo k ele nao keria ir ha escola e posso voz dizer k ele ate fazia temperatura e a mae ja desconfiava k algo nao estava bem , ate k teve k acontecer isto para ele contar a mae ... bem nem imaguinam como estou nem sei o k fazer . desculpem o dezabafo
Primeiro gostaria de mostrar a minha solidariedade com a familia pois é uma dor que só passando por ela é que se pode avaliar. Aminha filha há 2 anos atrasa tambem foi vitima de bulling fiz uma carta a direcção de escola e ao ministério da educação e após várias reuniões entre pais e professores foi colocado mais um assintente de acção educativa só para evitar estes casos de violencia nos recreios da escola, e tudo se resolveu pelo melhor.Pais, encarregados de educação escolas e resposáveis politicos deste País não desvalorizem as queichas que lhes cheguem e que se crie um plano de acções para estes casos pois crianças de 15 anos tambem são cranças então teremos que fazer alguma coisa e urgêntemente para as reabilitar .
Espero que o leandro apareça são e salvo!Quero que bcasos destes não se repitam pois causam traumas para a vida todo ou ás vezes a vida não chega a durar muito mas tenho esperança que tudo se vai resolver e o LEANDRO vai aparecer força e esperança...
Sou tia de uma menina mestiça. Já quando ela andava na primária chamavam-na de preta. Mas... foi até um dia.... A família juntou-se e foi ter com os monstros dos miúdos de hoje e a partir desse dia todos a respeitaram.A educação vem de casa, aqui está um exemplo. Como é que as crianças podem ser boas se os próprios pais as ensinam a maltratar os outros. Esses pais ainda se acham cheios de razão. Como foi dito aqui num comentário, não é preciso ser gente reles ...é mesmo por serem gentinha sem valor... verdadeiros monstros que é o caso dessa professora racista. Tenho dos filhos. O menino anda na escola de Pedrouços e realmente também me fala de maus tratos a alguns colegas. Ao meu filho que ninguém o magoe pois eu mesma farei justiça.
É de lamentar o que aconteceu ao Leandro,não tenho filhos, mas trabalho com crianças e sei que não é fácil lidar com eles, principalmente na fase da adolescencia, mas questiono-me muito acerca do comportamento que ele teria em casa, o silêncio, será que ningém se apercebe do seu estranho comportamento?Os pais hoje em dia devem ser os melhores amigos dos filhos, não devem conversar como pais, mas sim como amigos, os filhos devem ter confiança nos pais. Na sociedade que vivemos não é fácil educar um filho, por isso temos que estar atentos ao que se passa.Leonardo que Deus te entenda pelo que fizes-tes.descança em PAZ.
À DOIS ANOS A MINHA FILHA (Q É MESTIÇA)FOI VITIMA DE RACISMO POR PARTE DE 1 PROFESSORA A QUAL A DIFERENCIAVA DEVIDO À COR CHAMANDO LHE PRETA Q SE LAVA SE MUITAS VEZES AS MAOS Q FICARIA BRANCA E N PERMITIA Q FIZESSE PARTE DAS FESTAS DA ESCOLA FALEI C ELA PARTICIPEI A ESCOLA LUCIANO CORDEIRO DE MIRANDELA A DREEN A ESCOLA TENTOU ABAFAR O CASO E A DREEN APARECEU NA REUNIAO Q CONVOQUEI COM 1 SR INVISUAL Q ERA PARA EU CONCLUIR QUE N DESCRIMINAVAM AS PESSOAS RESUMINDO NADA ACONTECEU A PROFESSORA CONTINUA COM A MESMA ATITUDE Q PARA ALEM DE RACISTA DISCRIMINA AS CRIANÇAS COM ESTATUTO SOCIAL INFERIOR RESUMINDO RESUMINDO NAO SE PODE ESPERAR QUE ESTA GENTE DEFENDA OS NOSSOS FILHOS DE AGRESSOES FISICAS E PSICOLOGICAS QUE OS MARCAM PARA A VIDA
Sra. Lisete Andrade,lamento profundamente o que a sua filha e a Sra. têm passado. Infelizmente, muitas das pessoas que vão para professores não têm maturidade para o ser, existem pessoas bem e mal educadas, e bem e mal formadas em todas as profissões, a de professor(a) não é excepção. Assim, também existem racistas e pessoas maltratantes. Mas há uma coisa que não pode acontecer: a sua filha NÃO PODE continuar a ser humilhada e tratada dessa forma por uma professora que jamais deveria poder estar nessa profissão. Se me quiser contactar, o meu e-mail é mlalmeida66@hotmail.com, pois gostaria de saber se a posso ajudar a lidar com essa situação.Um abraço e força!
Se o menino fosse filho de um professor ou de alguém importante na terra nada disto teria acontecido, pois o director tomaria as medidas adquadas, mas o país somos nós, todos nós e não permitamos que mais casos destes aconteçam, pelo bem das nossas crianças exijamos medidas sérias e caso seja necessário, prisão perpétua e pena de morte que tanta falta fazem nestes casos.
Não se escondam na cobardia de que o problema está no sistema , já há nomes e moradas:...A tipa de 15 anos que bateu no menino e o judiou até à morte vive em Vale Pereiro (Mirandela) e é filha de uma fulana reles chamada maria josé que já começoua a ameaçar as outras crianças testemunhas e embora seja sádica com os inocentes mais infantis , já é mulher e tem maxo . Alguem disponivel para ir visitar a familia . . .
Etc.
Mantive a ortografia e o linguajar, por vezes mauzinho, embora saboroso - mas já dizia o outro que do mal o menos, pois fica bem claro que o povo deste país ainda tem (graças a Deus!) a noção do bem e do mal.
Alguns profissionais do ensino é que parece que não, salvo seja.
O Ministério Público tem praticamente concluído o inquérito de averiguações ao caso do rapaz de 12 anos que se atirou ao rio Tua, em Mirandela, e continua desaparecido desde terça-feira. Já foram ouvidos familiares, elementos da direcção da escola e testemunhas que viram as crianças desde a saída do estabelecimento de ensino até ao parque de merendas, de onde Leandro se lançou à água.
Ao que o JN apurou, a meio da manhã de terça-feira, Leandro Pires e um colega protagonizaram um desentendimento, levando o rapaz a faltar a uma aula. No refeitório, amigos do outro aluno tê-lo-ão ameaçado, o que o levou a dizer que "iria atirar-se ao rio". Fugiu para a saída e, nessa altura, várias crianças, entre elas os primos, foram atrás, saindo todos pelo portão principal da escola, onde não haveria vigilante.
A primeira tentativa de impedir Leandro de se atirar ao rio aconteceu a meio da ponte açude, quando um primo o agarrou. No entanto, ao ser retirado, voltou a correr em direcção às escadas de acesso ao parque de merendas, deixando os restantes miúdos a uma distância considerável, suficiente para retirar a roupa e lançar-se ao rio.
No entanto, alguns segundos depois de Leandro ter-se lançado ao rio, uma das crianças que o seguiu pediu ajuda a um casal de namorados. A rapariga descalçou-se e entrou no rio, mas a forte corrente travou o ímpeto da jovem, que só viu Leandro ser arrastado.
Inquérito na escola
O inquérito do Ministério Público deve estar concluído no início da semana. Já o que está a decorrer na Escola Luciano Cordeiro, para averiguar o que terá acontecido no recinto escolar, deverá estar pronto na terça-feira. Entre as pessoas com quem a escola falou sobre o assunto não estiveram ainda incluídos os pais da criança. "Estamos sempre com eles e sabemos que ainda ninguém da escola os contactou", afirma Paula Nunes, tia de Leandro.
Silêncio absoluto
Até à conclusão do inquérito, a direcção do agrupamento e a Associação de Pais vão remeter-se ao silêncio. Essa foi uma das deliberações que saiu de uma reunião dos órgãos directivos da Associação de Pais e da escola. Numa nota informativa, a associação faz saber que, "tendo em conta o superior interesse dos alunos", vai aguardar o resultado do processo em curso, remetendo para o seu final "eventuais declarações".
No entanto, na mesma nota, a associação diz ser "conhecedora das ocorrências disciplinares participadas na escola e está certa que serão devidamente tratadas à luz do estatuto do aluno e do regulamento interno do agrupamento". Nesta informação, a associação que representa os pais expressa "o pesar e solidariedade" com a dor da família do rapaz.
A tia de Leandro diz também já ter contado à Polícia que a mãe de uma rapariga que, alegadamente, esteve envolvida no caso das agressões ao menino, ameaçou os primos dele. "Na quinta-feira, perseguiu o autocarro que transporta os miúdos para a aldeia de Cedaínhos e ameaçou-os dizendo que, se se metessem com a filha, tinham de ver-se com ela", conta .
Também alguns pais afirmam que, após revelarem episódios de violência na escola, foram alvo de retaliações. "A directora de turma da minha filha disse-lhe que os pais não devem meter-se no caso", conta Lucilene Correia, que denunciou um caso de agressão à filha, em Abril do ano passado, que ainda está em tribunal.
Entretanto, para segunda-feira à tarde, está a ser preparada, por um grupo de pais, uma marcha lenta de solidariedade para com a família de Leandro, entre a escola e o local da tragédia.
Comentários de leitores:
É vergonhoso o que se passou com o pequeno Leandro, e não venham os senhores da associação de pais dizer que nada sabiam. Se fosse o filho de um rico as coisas eram diferentes. E essa mãe perseguiu o autocarro para intimidar crianças deveria ter vergonha, da para perceber que o comportamento da filha não e culpa da menor mas fruto da educação da progenitora, realmente é verdadeiro o ditado: "lares de país, escola de filhos". Um forte abraço de coragem à família do Leandro.
Quero apenas dizer q para uma criança de 12 anos se suicidar, significa q na escola era muito mal tratado e nao iria fazer tal coisa se fosse so isto, acho q ja devia vir de trás e o(s) rapaz(es) q o intimidaram deviam ser castigados porq n era de tal forma q ele quis por fim a vida, os meus consentimentos para a familia.
Boas estou muito triste pelo k aconteceu , pois posso-vos dizer k sou mergulhador andei nas buscas e so ontem soube k o meu filho tambem ten sido vitima de bolyng. pois ja á algum tempo k ele nao keria ir ha escola e posso voz dizer k ele ate fazia temperatura e a mae ja desconfiava k algo nao estava bem , ate k teve k acontecer isto para ele contar a mae ... bem nem imaguinam como estou nem sei o k fazer . desculpem o dezabafo
Primeiro gostaria de mostrar a minha solidariedade com a familia pois é uma dor que só passando por ela é que se pode avaliar. Aminha filha há 2 anos atrasa tambem foi vitima de bulling fiz uma carta a direcção de escola e ao ministério da educação e após várias reuniões entre pais e professores foi colocado mais um assintente de acção educativa só para evitar estes casos de violencia nos recreios da escola, e tudo se resolveu pelo melhor.Pais, encarregados de educação escolas e resposáveis politicos deste País não desvalorizem as queichas que lhes cheguem e que se crie um plano de acções para estes casos pois crianças de 15 anos tambem são cranças então teremos que fazer alguma coisa e urgêntemente para as reabilitar .
Espero que o leandro apareça são e salvo!Quero que bcasos destes não se repitam pois causam traumas para a vida todo ou ás vezes a vida não chega a durar muito mas tenho esperança que tudo se vai resolver e o LEANDRO vai aparecer força e esperança...
Sou tia de uma menina mestiça. Já quando ela andava na primária chamavam-na de preta. Mas... foi até um dia.... A família juntou-se e foi ter com os monstros dos miúdos de hoje e a partir desse dia todos a respeitaram.A educação vem de casa, aqui está um exemplo. Como é que as crianças podem ser boas se os próprios pais as ensinam a maltratar os outros. Esses pais ainda se acham cheios de razão. Como foi dito aqui num comentário, não é preciso ser gente reles ...é mesmo por serem gentinha sem valor... verdadeiros monstros que é o caso dessa professora racista. Tenho dos filhos. O menino anda na escola de Pedrouços e realmente também me fala de maus tratos a alguns colegas. Ao meu filho que ninguém o magoe pois eu mesma farei justiça.
É de lamentar o que aconteceu ao Leandro,não tenho filhos, mas trabalho com crianças e sei que não é fácil lidar com eles, principalmente na fase da adolescencia, mas questiono-me muito acerca do comportamento que ele teria em casa, o silêncio, será que ningém se apercebe do seu estranho comportamento?Os pais hoje em dia devem ser os melhores amigos dos filhos, não devem conversar como pais, mas sim como amigos, os filhos devem ter confiança nos pais. Na sociedade que vivemos não é fácil educar um filho, por isso temos que estar atentos ao que se passa.Leonardo que Deus te entenda pelo que fizes-tes.descança em PAZ.
À DOIS ANOS A MINHA FILHA (Q É MESTIÇA)FOI VITIMA DE RACISMO POR PARTE DE 1 PROFESSORA A QUAL A DIFERENCIAVA DEVIDO À COR CHAMANDO LHE PRETA Q SE LAVA SE MUITAS VEZES AS MAOS Q FICARIA BRANCA E N PERMITIA Q FIZESSE PARTE DAS FESTAS DA ESCOLA FALEI C ELA PARTICIPEI A ESCOLA LUCIANO CORDEIRO DE MIRANDELA A DREEN A ESCOLA TENTOU ABAFAR O CASO E A DREEN APARECEU NA REUNIAO Q CONVOQUEI COM 1 SR INVISUAL Q ERA PARA EU CONCLUIR QUE N DESCRIMINAVAM AS PESSOAS RESUMINDO NADA ACONTECEU A PROFESSORA CONTINUA COM A MESMA ATITUDE Q PARA ALEM DE RACISTA DISCRIMINA AS CRIANÇAS COM ESTATUTO SOCIAL INFERIOR RESUMINDO RESUMINDO NAO SE PODE ESPERAR QUE ESTA GENTE DEFENDA OS NOSSOS FILHOS DE AGRESSOES FISICAS E PSICOLOGICAS QUE OS MARCAM PARA A VIDA
Sra. Lisete Andrade,lamento profundamente o que a sua filha e a Sra. têm passado. Infelizmente, muitas das pessoas que vão para professores não têm maturidade para o ser, existem pessoas bem e mal educadas, e bem e mal formadas em todas as profissões, a de professor(a) não é excepção. Assim, também existem racistas e pessoas maltratantes. Mas há uma coisa que não pode acontecer: a sua filha NÃO PODE continuar a ser humilhada e tratada dessa forma por uma professora que jamais deveria poder estar nessa profissão. Se me quiser contactar, o meu e-mail é mlalmeida66@hotmail.com, pois gostaria de saber se a posso ajudar a lidar com essa situação.Um abraço e força!
Se o menino fosse filho de um professor ou de alguém importante na terra nada disto teria acontecido, pois o director tomaria as medidas adquadas, mas o país somos nós, todos nós e não permitamos que mais casos destes aconteçam, pelo bem das nossas crianças exijamos medidas sérias e caso seja necessário, prisão perpétua e pena de morte que tanta falta fazem nestes casos.
Não se escondam na cobardia de que o problema está no sistema , já há nomes e moradas:...A tipa de 15 anos que bateu no menino e o judiou até à morte vive em Vale Pereiro (Mirandela) e é filha de uma fulana reles chamada maria josé que já começoua a ameaçar as outras crianças testemunhas e embora seja sádica com os inocentes mais infantis , já é mulher e tem maxo . Alguem disponivel para ir visitar a familia . . .
Etc.
Mantive a ortografia e o linguajar, por vezes mauzinho, embora saboroso - mas já dizia o outro que do mal o menos, pois fica bem claro que o povo deste país ainda tem (graças a Deus!) a noção do bem e do mal.
Alguns profissionais do ensino é que parece que não, salvo seja.
Resultados (daquilo que se sabe)
Amália Nunes revive passo a passo os últimos dias do filho Leandro Pires, o menino de 12 anos que há 12 dias se atirou ao rio Tua, e não encontra explicação para a tragédia. "Era uma criança alegre, e até andava entusiasmado com a entrada no rancho da aldeia. Não percebo como é que isto aconteceu. Custa-me acreditar que o meu filho tivesse mesmo vontade de morrer, que pensasse em suicídio", disse ao CM a mulher, tomada pela emoção.
O facto de o menino ter tirado a roupa antes de entrar na água leva Amália a pensar que talvez o filho quisesse chamar a atenção. "Naquele momento deveria estar muito revoltado pelo que lhe fizeram na escola, mas nada fazia prever que isto fosse acontecer", afirma.
A única certeza que a mãe do menino tem neste momento é que a única culpada do sucedido é a falta de segurança da escola, porque, segundo a mulher, o porteiro "nunca deveria ter deixado Leandro sair em horário escolar", explica Amália, reforçando a vontade que tem de processar o estabelecimento de ensino.
Para já, a atenção da mulher recai sobretudo em Márcio, o irmão gémeo de Leandro que só voltou esta semana à escola. "Nos primeiros dias faziam-lhes muitas perguntas sobre o irmão e ele ficava um bocado incomodado, mas acho que está a reagir bem", disse a mãe.
Apesar das buscas nas margens do rio Tua continuarem, as esperanças de Amália Nunes vão diminuindo com o passar do tempo. O anseio de fazer um funeral digno ao seu filho também se desvanece. No entanto, ao Correio da Manhã o tenente-coronel Melo Gomes, comandante distrital das Operações de Socorro, afirmou que o bom tempo que se tem feito sentir nos últimos dias aumentou as hipóteses de se encontrar o cadáver do menino.
SUSPENSÃO MAIS RÁPIDA
A suspensão (só???????) dos alunos agressores será mais rápida e eficaz segundo um decreto-lei que o Ministério da Educação está a preparar de forma a reforçar os poderes dos directores das escolas. Trata-se de uma iniciativa do Governo paralela à revisão do Estatuto do Aluno e deverá estar concluída ainda este mês. A Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas concorda com a medida anunciada ontem pela ministra Isabel Alçada, mas diz que deve ser acompanhada de outras, como uma maior autonomia. "O director deve tratar os casos conforme a realidade da sua escola. Os pais devem ser penalizados pela sua atitude perante a escola e pelo comportamento dos filhos", defende a associação. Os dados sobre a violência escolar, de acordo com o Ministério, são apresentados até ao início de Abril.
Menino Leandro: tiveste de morrer para que por fim se percebesse ( ou por fim se dissesse em público e abertamente) que os pais (e a escola) devem ser responsabilizados pelo comportamento dos filhos e dos alunos...perdão é o que todos te pedimos!
Acerca de "ranking", uma variedade de "bullying"
Robert Fuller is the author of Somebodies & Nobodies, the book that identified the malady of rankism and All Rise, which describes a dignitarian society committed to overcoming it.
Dignity: A Universal Right
The U. S. Declaration of Independence asserts that “all men are created equal.” Many have struggled with the meaning of that phrase, because it’s obvious that we are unequal in lots of ways, for example, health, wealth, looks, talents, skills, etc. But, our differences need not be an excuse for invidious comparisons, let alone for humiliation and indignity. On the contrary, our differences are an important source of the delight we take in each other.
The Declaration of Independence tasked the nation not only with protecting life and liberty but also with providing fairness and justice. While people are equal not in their endowments or attainments, they are equal in dignity and must be treated so. What would such a dignitarian society look like?
Dignitarian:
1. adj. a condition in which the dignity of all people is honored and protected
2. n. a person who advocates for a dignitarian society, one whose conduct and attitudes are dignitarian
Each of us has an innate sense that we have the same inherent worth as anyone else. Every religion teaches us so. We experience this as a birthright – a cosmic fact that cannot be undone by any person, circumstance, institution, or government.
That is why rankism is experienced on the deepest level as an affront to dignity. Like any animal vulnerable to being preyed upon, we're supersensitive to threats to our well-being. We're alert to subtle attempts to determine our relative strength, from “innocent” opening lines such as “Who are you with?” to more probing queries regarding our ancestry or education.
In proclaiming a right to “life, liberty, and the pursuit of happiness,” the Declaration of Independence touched on making dignity a fundamental right. Liberty means freedom from arbitrary or despotic government or control. Therefore, the right to liberty, by militating against rankism, affords a large measure of protection to our dignity. Likewise the right to pursue happiness is meaningless in the absence of the dignity inherent in full and equal citizenship.
Given the remarkable achievements of the identity-based liberation movements, it's not unrealistic to imagine a day when everyone's equal dignity will be as self-evident as everyone's right to own property or to vote.
Resumindo e concluindo:
a) Resumindo: amai-vos uns aos outros (fim de citação);
b) Concluindo: mal empregado trabalho. A massa é ruim.
A praga com nome inglês
Norwegian researcher Dan Olweus defines bullying as when a person is "exposed, repeatedly and over time, to negative actions on the part of one or more other persons." He defines negative action as "when a person intentionally inflicts injury or discomfort upon another person, through physical contact, through words or in other ways."
!!!!
Ministério da Educação abre inquérito urgente a acontecimentos que terão motivado suicídio de professor
Lisboa, 12 mar (Lusa) - A Direcção Regional de Educação de Lisboa vai abrir um inquérito urgente aos enquadramento e acontecimentos numa escola do concelho de Sintra que terão motivado o suicídio de um professor, disse à Lusa fonte do Ministério da Educação.
Um professor de Música da Escola Básica 2.3 de Fitares, em Rio de Mouro, Sintra, ter-se-á suicidado alegadamente por ser alvo da indisciplina dos seus alunos, noticiam hoje os jornais Público e i.
A fonte do Ministério da Educação precisou que o processo de inquérito é "urgente", embora não tenha um prazo determinado, e pretende conhecer o "enquadramento do professor" na escola e os "antecedentes e eventuais acontecimentos que antecederam o suicídio".
Segundo os jornais, o professor, com 51 anos e licenciado em Sociologia, vivia com os pais em Oeiras e foi colocado nesta escola no início deste ano letivo. A 09 de fevereiro, o professor parou o carro na Ponte 25 de Abril, em Lisboa, no sentido Lisboa/Almada, e atirou-se ao Tejo.
No seu computador pessoal, noticiam os dois diários, deixou um texto que afirmava: "Se o meu destino é sofrer, dando aulas a alunos que não me respeitam e me põem fora de mim, não tendo outras fontes de rendimento, a única solução apaziguadora será o suicídio".
De acordo com o i, os problemas do professor ocorreram com "um grupo de alunos do 9º ano", que o insultavam na aula, e que motivaram "pelo menos sete" participações do professor à direção da escola, "alertando para o comportamento de um aluno em particular".
"Colegas e familiares do professor asseguram que a direção não instaurou nenhum processo disciplinar", escreve ainda o i.
Lisboa, 12 mar (Lusa) - A Direcção Regional de Educação de Lisboa vai abrir um inquérito urgente aos enquadramento e acontecimentos numa escola do concelho de Sintra que terão motivado o suicídio de um professor, disse à Lusa fonte do Ministério da Educação.
Um professor de Música da Escola Básica 2.3 de Fitares, em Rio de Mouro, Sintra, ter-se-á suicidado alegadamente por ser alvo da indisciplina dos seus alunos, noticiam hoje os jornais Público e i.
A fonte do Ministério da Educação precisou que o processo de inquérito é "urgente", embora não tenha um prazo determinado, e pretende conhecer o "enquadramento do professor" na escola e os "antecedentes e eventuais acontecimentos que antecederam o suicídio".
Segundo os jornais, o professor, com 51 anos e licenciado em Sociologia, vivia com os pais em Oeiras e foi colocado nesta escola no início deste ano letivo. A 09 de fevereiro, o professor parou o carro na Ponte 25 de Abril, em Lisboa, no sentido Lisboa/Almada, e atirou-se ao Tejo.
No seu computador pessoal, noticiam os dois diários, deixou um texto que afirmava: "Se o meu destino é sofrer, dando aulas a alunos que não me respeitam e me põem fora de mim, não tendo outras fontes de rendimento, a única solução apaziguadora será o suicídio".
De acordo com o i, os problemas do professor ocorreram com "um grupo de alunos do 9º ano", que o insultavam na aula, e que motivaram "pelo menos sete" participações do professor à direção da escola, "alertando para o comportamento de um aluno em particular".
"Colegas e familiares do professor asseguram que a direção não instaurou nenhum processo disciplinar", escreve ainda o i.
quinta-feira, 11 de março de 2010
Eu sou Diógenes, o cão...(III)
Diz-se que cão que ladra não morde, mas nem sempre é verdade, quer-me parecer.
Estou convencida de que os cães (e os discípulos de Diógenes) ladram para não terem de morder, mas...em último caso...mordem, pois!
Na foto: pastor alemão. Atento, simpático (para aqueles que o tratam bem), inteligente, corajoso, bom guarda - e possuidor de bons dentes...
terça-feira, 9 de março de 2010
Cortar o mal pela raiz
Havia um salgueiro-chorão, na Lomba da Fazenda, ali mesmo no início da subida para a rua do Arraiado (não é o da foto, mas era muito parecido...).
Foi mandado podar pelo presidente da Junta de Freguesia, após ter recebido queixas de que o dito incomodava e sujava os carros de quem pretendia estacionar no local.
Alguém foi, então, "podar" o chorão, moto-serra (????) em punho; decerto criatura que nada percebe da poda, pois em vez de o podar destroçou-o, decapitou-o, estraçalhou-o - e poderíamos continuar com os verbos, que há mais. Torna-se inútil por redundante.
Perante a minha queixa verbal à autoridade competente e mandadora do acto, e alguns tímidos "mas aquilo volta a rebentar..." depois, ficou mais ou menos no ar que mais valia, já agora, cortar totalmente o chorão, pois ao menos assim ninguém se aperceberia de que a forma como se podam as árvores, por cá, é no mínimo iconoclástica. Não deixei de concordar, pelo menos até certo ponto.
Meu dito meu feito, neste momento já só se vê o toco informe da base do lindo salgueiro. Infelizmente, não posso fotografá-lo.
Mais uma vez foi o "mal" cortado pela raiz.
Pois que o sacrifício da árvore sirva para salvar outras, como sói acontecer (por vezes).
Entretanto, é preciso dizer que o verdadeiro mal não foi cortado, nem pela raíz nem sequer pela rama.
Creio que se torna fácil adivinhar qual é, apesar das raízes bem espalhadas e distribuídas que possui, e mai-las diversas ramadas e vertentes, etc. etc.
Eu sou Diógenes, o cão...(II)
Carta hoje enviada por mim ao Senhor Presidente do Conselho Local de Educação, com conhecimento das individualidades referidas:
Exmo. Senhor Presidente do Conselho Local (Municipal) de Educação, e
Digmº Presidente da Câmara Municipal do Nordeste:
Antes de mais permito-me expressar a Vª Exa. a minha profunda consternação pelo sucedido, no dia 1 do corrente, a um autocarro escolar, em que uma derrocada proveniente de talude causou a queda do mesmo e consequente perda de duas vidas, que neste momento são choradas pela comunidade escolar e munícipes em geral.
No entanto, a preocupação com o que poderia vir a suceder a autocarros escolares (ou que exercem a função de transportar colectivamente crianças e jovens) no nosso concelho já é antiga; anteriormente aos actuais sucessos já fora manifestada, por mim própria e por outros, forte apreensão em relação à forma como é efectuado o transporte de crianças, neste caso alunos da Escola Básica e Secundária do Nordeste, pela empresa que o tem a seu cuidado.
Concretamente, refiro os seguintes e preocupantes aspectos, todos eles objecto de legislação em vigor:
a) A falta de cintos de segurança em determinadas viaturas e, quando existem, a não colocação dos ditos por parte dos alunos utentes;
b) A circulação dos referidos autocarros com alunos em número superior ao dos lugares sentados, viajando assim de pé ou sentando-se no corredor central das viaturas;
c) A não proibição, aos alunos mais jovens, da ocupação dos assentos frontais;
d) A não existência de vigilantes (a não ser, em certos casos, no acompanhamento de crianças do 1º ciclo) que, nos ditos autocarros, zelem pela segurança e apropriado comportamento dos transportados;
e) A circulação dos autocarros sem qualquer indicação (que deveria constar no vidro traseiro) de que estão a efectuar transporte de crianças.
Acrescento a postura por vezes indisciplinada e turbulenta de alguns alunos, que facilmente poderá conduzir à distracção do condutor, cuja atenção se requer obviamente concentrada na estrada e seus perigos.
São estes aspectos de domínio público pelo menos dentro da comunidade escolar, não os conhecendo eu por experiência pessoal (pois jamais utilizei nenhum autocarro de transporte de alunos), mas que me têm sido relatados quer por estudantes quer mesmo por alguns encarregados de educação. As diligências que eventualmente tenham sido até agora efectuadas no sentido de regularizar a situação têm-se manifestado, tanto quanto se observa, infrutíferas.
Salvo melhor opinião, a legislação respeitante pode encontrar-se na Lei n.º 13/2006, de 17 de Abril, nacional ( artº 2º, nº 3; artº 5º, nº 4; artº 8º, nº 1 e nº 2; artº 10º, nº 1 e nº 2; artº 11º, nº 1, nº 2 e nº 3), bem como no Decreto Legislativo Regional n.º 23/2006/A de 12 de Junho de 2006 (artº 4º, nº 1; artº 5º, nº 1 e nº 2, artº 6º, nº 1, nº 2, nº 3 e nº 4, artº 13º e artº 47º, nº 3) que se referem especificamente ao transporte colectivo de crianças, além da mais geral constituída pelo Código da Estrada (Decreto-Lei 114/2004, de 3 de Maio, alterado pelo Decreto-Lei 44/2005, de 23 de Fevereiro, por exemplo nos artºs 54º e 55º). O próprio Estatuto do Aluno dos Ensinos Básico e Secundário faz referência a uma das leis anteriormente indicadas (Decreto Legislativo Regional nº 18/2007/A, de 19 de Julho, artº 130º, nº 2)
É certo que nem sempre estará nas nossas mãos prever ou evitar fenómenos naturais e as suas por vezes tão amargas consequências – mas fazer cumprir a lei - se, como parece, não estiver a ser cumprida - prevenindo assim a ocorrência de desastres não atribuíveis unicamente à cegueira da Natureza, pelo contrário, encontra-se dentro das nossas possibilidades.
Recorro, pois, a Vª Exa. para esse efeito.
Com os meus melhores cumprimentos, subscrevo-me com a máxima consideração.
Nordeste, 9 de Março de 2010
____________________________
Maria Antónia Teodósio de Fraga
C/c:
Senhor Presidente da Assembleia Municipal do Nordeste;
Senhor Presidente da Assembleia da Escola Básica e Secundária do Nordeste;
Senhor Presidente da Associação de Pais da Escola Básica e Secundária do Nordeste;
Senhora Presidente do Conselho Executivo da Escola Básica e Secundária do Nordeste.
Exmo. Senhor Presidente do Conselho Local (Municipal) de Educação, e
Digmº Presidente da Câmara Municipal do Nordeste:
Antes de mais permito-me expressar a Vª Exa. a minha profunda consternação pelo sucedido, no dia 1 do corrente, a um autocarro escolar, em que uma derrocada proveniente de talude causou a queda do mesmo e consequente perda de duas vidas, que neste momento são choradas pela comunidade escolar e munícipes em geral.
No entanto, a preocupação com o que poderia vir a suceder a autocarros escolares (ou que exercem a função de transportar colectivamente crianças e jovens) no nosso concelho já é antiga; anteriormente aos actuais sucessos já fora manifestada, por mim própria e por outros, forte apreensão em relação à forma como é efectuado o transporte de crianças, neste caso alunos da Escola Básica e Secundária do Nordeste, pela empresa que o tem a seu cuidado.
Concretamente, refiro os seguintes e preocupantes aspectos, todos eles objecto de legislação em vigor:
a) A falta de cintos de segurança em determinadas viaturas e, quando existem, a não colocação dos ditos por parte dos alunos utentes;
b) A circulação dos referidos autocarros com alunos em número superior ao dos lugares sentados, viajando assim de pé ou sentando-se no corredor central das viaturas;
c) A não proibição, aos alunos mais jovens, da ocupação dos assentos frontais;
d) A não existência de vigilantes (a não ser, em certos casos, no acompanhamento de crianças do 1º ciclo) que, nos ditos autocarros, zelem pela segurança e apropriado comportamento dos transportados;
e) A circulação dos autocarros sem qualquer indicação (que deveria constar no vidro traseiro) de que estão a efectuar transporte de crianças.
Acrescento a postura por vezes indisciplinada e turbulenta de alguns alunos, que facilmente poderá conduzir à distracção do condutor, cuja atenção se requer obviamente concentrada na estrada e seus perigos.
São estes aspectos de domínio público pelo menos dentro da comunidade escolar, não os conhecendo eu por experiência pessoal (pois jamais utilizei nenhum autocarro de transporte de alunos), mas que me têm sido relatados quer por estudantes quer mesmo por alguns encarregados de educação. As diligências que eventualmente tenham sido até agora efectuadas no sentido de regularizar a situação têm-se manifestado, tanto quanto se observa, infrutíferas.
Salvo melhor opinião, a legislação respeitante pode encontrar-se na Lei n.º 13/2006, de 17 de Abril, nacional ( artº 2º, nº 3; artº 5º, nº 4; artº 8º, nº 1 e nº 2; artº 10º, nº 1 e nº 2; artº 11º, nº 1, nº 2 e nº 3), bem como no Decreto Legislativo Regional n.º 23/2006/A de 12 de Junho de 2006 (artº 4º, nº 1; artº 5º, nº 1 e nº 2, artº 6º, nº 1, nº 2, nº 3 e nº 4, artº 13º e artº 47º, nº 3) que se referem especificamente ao transporte colectivo de crianças, além da mais geral constituída pelo Código da Estrada (Decreto-Lei 114/2004, de 3 de Maio, alterado pelo Decreto-Lei 44/2005, de 23 de Fevereiro, por exemplo nos artºs 54º e 55º). O próprio Estatuto do Aluno dos Ensinos Básico e Secundário faz referência a uma das leis anteriormente indicadas (Decreto Legislativo Regional nº 18/2007/A, de 19 de Julho, artº 130º, nº 2)
É certo que nem sempre estará nas nossas mãos prever ou evitar fenómenos naturais e as suas por vezes tão amargas consequências – mas fazer cumprir a lei - se, como parece, não estiver a ser cumprida - prevenindo assim a ocorrência de desastres não atribuíveis unicamente à cegueira da Natureza, pelo contrário, encontra-se dentro das nossas possibilidades.
Recorro, pois, a Vª Exa. para esse efeito.
Com os meus melhores cumprimentos, subscrevo-me com a máxima consideração.
Nordeste, 9 de Março de 2010
____________________________
Maria Antónia Teodósio de Fraga
C/c:
Senhor Presidente da Assembleia Municipal do Nordeste;
Senhor Presidente da Assembleia da Escola Básica e Secundária do Nordeste;
Senhor Presidente da Associação de Pais da Escola Básica e Secundária do Nordeste;
Senhora Presidente do Conselho Executivo da Escola Básica e Secundária do Nordeste.
domingo, 7 de março de 2010
Eu sou Diógenes, o cão...
Por acreditar que a virtude era mais bem revelada na acção e não na teoria, a sua vida consistiu duma campanha incansável para desmontar as instituições e valores sociais do que ele via como uma sociedade corrupta.
São inúmeras as histórias que se contavam sobre ele já na Antiguidade.
É famosa, por exemplo, a história de que ele saía em plena luz do dia com uma lanterna acesa, procurando por homens verdadeiros (ou seja, homens auto-suficientes e virtuosos).
Igualmente famosa é sua história com Alexandre, o Grande, que, ao encontrá-lo, ter-lhe-ia perguntado o que poderia fazer por ele. Acontece que devido à posição em que se encontrava, Alexandre fazia-lhe sombra. Diógenes, então, olhando para a Alexandre, disse: "Não me tires o que não me podes dar!" Essa resposta impressionou vivamente Alexandre, que, na volta, ouvindo seus oficiais zombarem de Diógenes, disse: "Se eu não fosse Alexandre, queria ser Diógenes."
Será esta a próxima?
Segredo "bem" guardado...
25 years ago, in October 1982, the planet´s greatest waterfall was drowned, a victim of the filling of Itaipu Reservoir (Brazil/Paraguay). The so-called "Seven Falls of Guaíra", or "Sete Quedas", in reality a series of 18 waterfalls, were at 114 meters in height not the world´s tallest falls, but they were easily the most powerful in volume, with more than double the flow of Niagara Falls and 12 times the flow over Victoria Falls.
The Seven Falls were formed where the Paraná River, after crossing the red sandstone Mbaracayú Mountains, was forced through canyon walls and narrowed abruptly from a width of 1,250 feet to 200 feet.The Encyclopedia Britanica said "the water bubbles in a deafening crescendo which can be heard 20 miles away". Or, as another source of essential information put it, "at 1,750,000 cubic ft./sec., it would fill the Capital dome in Washington, D.C. in 3/5 of a second".
The drowning of the Falls was foretold by another tragedy. In January, 1982, only a few months before the falls were slated to disappear, a bridge over the Paraná River gorge collapsed, sending 80 people to their death. The cause - a flood of tourists wishing to say good-bye to the falls, and inadequate maintenance of the bridges, given their imminent demise.
The Guaíra Falls National Park was liquidated by decree of the Brazilian military government, as was its Paraguayan counterpart. The Brazilian government later dynamited the rock face of the submerged falls to eliminate obstacles to navigation, thus destroying any hope that they could be restored to life in the future.
José Costa Cavalcanti, director-general of the bi-national company building Itaipu had said "We´re not destroying Seven Falls. We´re just going to transfer it to Itaipu Dam, whose spillway will be a substitute for its beauty". And, with 647,000 visitors last year, Itaipu Dam is indeed a popular tourist attraction. But 1.08 million people visited the nearby Iguassu Falls despite the fact that for several months upstream dams reduced it to a trickle, meaning that at least for tourists, nature still outscores technology.
Do these "fluvial monuments" have a right to exist, to be admired and revered? Or are they doomed to be targets for the world´s dam builders, to be blasted away like the rocks of the Seven Falls for "progress"?
Carlos Drummond de Andrade, the aging Brazilian poet penned a requiem to the Seven Falls: "...seven ghosts murdered by the hand of man, owner of the planet...Seven falls passed us by, and we didn´t know, ah, we didn´t know how to love them, and all seven were killed, and all seven disappeared into thin air, seven ghosts, seven crimes of the living taking a life never again to be reborn".
E o comentário de um visitante:
My letter to Itaipu Binacional
Dear Ladies and Sirs, As a tourist visitor, I visited Your hydroenergetic plant some 2 weeks ago. I was told a nice story about ecology etc., without mentioning that the damm submerged the Guaíra Falls. I was told it by my fellow travellers on my return to the hotel. And I found the interesting story on this issue while at home in my homecountry. There is something called ethical conduct and ethical code. I perceive to be deeply manipulated by the presentation and the informative content given to foreign tourist at the spot. The story on the submerged waterfalls is rather known and repeated in popular guide books. I suppose that many of visitors treat the content repeated by Your employees as a sort of propaganda. I treat it as a eco-washing. Yours faithfully, Adam Fularz, Poland.
São Paulo
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos,
se não tiver caridade, sou como o bronze que soa
ou como o címbalo que tine.
Mesmo que eu tivesse o dom da profecia,
e conhecesse todos os mistérios e toda ciência;
mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de mover montanhas,
se não tiver a caridade, nada sou.
Ainda que distribuísse todos os meus bens pelos pobres,
e entregasse o meu corpo para ser queimado,
se não tiver amor, de nada aproveitaria.
A caridade é paciente, é bondosa.
Não tem inveja, não é orgulhosa (...)
não se irrita, não guarda rancor (...).
Tudo desculpa, tudo crê,
tudo espera, tudo sofre.
Por ora subsistem a fé, a esperança
e a caridade, essas três.
Mas a maior delas é a caridade.
Correi atrás dela até que a alcanceis.
Vídeo em que Robert de Niro, no filme "A Missão" de Roland Joffé, lê o trecho de S. Paulo:
http://www.youtube.com/watch?v=vLGSpo8S0q0
sábado, 6 de março de 2010
A propósito...
...da diferença entre o cumprimento do dever, por um lado, e de "extras" por outro:
O Opus Dei é uma instituição da Igreja Católica, fundada por São Josemaria Escrivá de Balaguer.
A sua missão consiste em difundir a mensagem de que o trabalho e as circunstâncias habituais são ocasião para um encontro com Deus, para o serviço aos outros e para melhorar a sociedade. O Opus Dei colabora com as igrejas locais, organizando encontros de formação cristã (aulas, retiros, atendimento sacerdotal) destinados a quem tenha o desejo de renovar a sua vida espiritual e o seu apostolado.
Como um pequeno jumento, vejo-me perante Deus a puxar a carroça...
quarta-feira, 3 de março de 2010
E nos Açores...
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA REGIONAL DOS AÇORES
Decreto Legislativo Regional n.º 23/2006/A de 12 de Junho de 2006
Decreto Legislativo Regional n.º 23/2006/A
e 12 de Junho
Estabelece o regime jurídico do transporte colectivo de crianças
Sim, na segunda feira foi uma derrocada que lançou o autocarro na ravina.
Mas não podemos esquecer que, derrocadas àparte, os autocarros escolares têm vindo a circular entre nós de forma completamente ilegal.
Será que o anunciado inquérito o vai revelar (e resolver) agora?
Ou estaremos à espera de que caia numa outra ravina outro autocarro - desta vez completamente cheio??
Autocarros escolares
Novas regras para o transporte escolar
18 de Abril de 2006
A utilização de cinto de segurança nos autocarros escolares é obrigatória, de acordo com a lei publicada em Diário da República, que define as regras para o transporte de alunos até aos 16 anos.
Esta lei, que entra em vigor no dia 17 de Maio, prevê, igualmente, que a cada criança tenha de corresponder um lugar sentado, não podendo a lotação do autocarro ser excedida. As crianças menores de 12 anos não podem, ainda, viajar nos lugares contíguos aos do motorista nem na primeira fila.
Para além do motorista, deve seguir no veículo um vigilante que esteja atento à segurança dos alunos, subindo para dois o número de vigilantes no caso de viajarem mais de 30 crianças ou de o autocarro ter dois pisos.
Outras das tarefas dos vigilantes é o acompanhamento das crianças na travessia de ruas, usando colete e raqueta de sinalização.
Para mais informações, consultar Lei n.º 13/2006, de 17 de Abril.
18 de Abril de 2006
A utilização de cinto de segurança nos autocarros escolares é obrigatória, de acordo com a lei publicada em Diário da República, que define as regras para o transporte de alunos até aos 16 anos.
Esta lei, que entra em vigor no dia 17 de Maio, prevê, igualmente, que a cada criança tenha de corresponder um lugar sentado, não podendo a lotação do autocarro ser excedida. As crianças menores de 12 anos não podem, ainda, viajar nos lugares contíguos aos do motorista nem na primeira fila.
Para além do motorista, deve seguir no veículo um vigilante que esteja atento à segurança dos alunos, subindo para dois o número de vigilantes no caso de viajarem mais de 30 crianças ou de o autocarro ter dois pisos.
Outras das tarefas dos vigilantes é o acompanhamento das crianças na travessia de ruas, usando colete e raqueta de sinalização.
Para mais informações, consultar Lei n.º 13/2006, de 17 de Abril.
terça-feira, 2 de março de 2010
segunda-feira, 1 de março de 2010
Muita sorte
Derrocada provoca acidente com autocarro escolar em S.Miguel nos Açores
01 de Março de 2010, 11:12
Uma derrocada de terras causada pelas fortes chuvas que estão a cair em S. Miguel, Açores, provocou esta segunda-feira o despiste de um autocarro escolar na zona do Nordeste, afirmou fonte dos bombeiros voluntários desta localidade. Dois feridos já foram levados para o Centro de Saúde de Nordeste.
Os dois feridos, ambos com cerca de 10 anos, já chegaram ao Centro de Saúde de Nordeste. Um deles apresenta sinais de hipotermia e vai ficar em observação enquanto que outro apresenta uma fractura de um membro inferior e será transportado para o Hospital de Ponta Delgada.
De acordo com a fonte, o autocarro, que transportava alunos e professores da Escola Básica e Secundária do Nordeste, foi "levado pela enxurrada".
Os elementos dos bombeiros já foram enviados para o local mas, "devido às condições atmosférias" e também à dificuldade de acesso, os trabalhos têm sido muito difíceis. Segundo fonte dos Bombeiros Voluntários, o autocarro terá sido "arrastado cerca de 50 a 100 metros" na direcção de uma ribeira.
O acidente ocorreu entre Algarvia e Feiteira, revelou fonte dos Bombeiros do Nordeste. Este autocarro realiza diariamente este trajecto.
O arquipélago dos Açores está, desde o princípio da noite de ontem, em alerta devido à ocorrência de fortes chuvas nas ilhas do grupo central e oriental. Num aviso emitido na tarde de ontem, a Protecção Civil açoriana adiantava que as ilhas de S. Miguel, Santa Maria, Terceira, Graciosa, S. Jorge, Pico e Faial, iriam estar sob chuva por vezes intensa até ao fim da manhã de hoje, segunda-feira.
Ceio que o autocarro em questão não transportava professores, no momento do acidente.
Acabo de falar com a mãe de um aluno, que estava à espera deste mesmo autocarro na freguesia de Santo António; o dito não chegava, não chegava...e não chegou. Agora sabe-se porquê.
01 de Março de 2010, 11:12
Uma derrocada de terras causada pelas fortes chuvas que estão a cair em S. Miguel, Açores, provocou esta segunda-feira o despiste de um autocarro escolar na zona do Nordeste, afirmou fonte dos bombeiros voluntários desta localidade. Dois feridos já foram levados para o Centro de Saúde de Nordeste.
Os dois feridos, ambos com cerca de 10 anos, já chegaram ao Centro de Saúde de Nordeste. Um deles apresenta sinais de hipotermia e vai ficar em observação enquanto que outro apresenta uma fractura de um membro inferior e será transportado para o Hospital de Ponta Delgada.
De acordo com a fonte, o autocarro, que transportava alunos e professores da Escola Básica e Secundária do Nordeste, foi "levado pela enxurrada".
Os elementos dos bombeiros já foram enviados para o local mas, "devido às condições atmosférias" e também à dificuldade de acesso, os trabalhos têm sido muito difíceis. Segundo fonte dos Bombeiros Voluntários, o autocarro terá sido "arrastado cerca de 50 a 100 metros" na direcção de uma ribeira.
O acidente ocorreu entre Algarvia e Feiteira, revelou fonte dos Bombeiros do Nordeste. Este autocarro realiza diariamente este trajecto.
O arquipélago dos Açores está, desde o princípio da noite de ontem, em alerta devido à ocorrência de fortes chuvas nas ilhas do grupo central e oriental. Num aviso emitido na tarde de ontem, a Protecção Civil açoriana adiantava que as ilhas de S. Miguel, Santa Maria, Terceira, Graciosa, S. Jorge, Pico e Faial, iriam estar sob chuva por vezes intensa até ao fim da manhã de hoje, segunda-feira.
Ceio que o autocarro em questão não transportava professores, no momento do acidente.
Acabo de falar com a mãe de um aluno, que estava à espera deste mesmo autocarro na freguesia de Santo António; o dito não chegava, não chegava...e não chegou. Agora sabe-se porquê.
Aluvião? Derrocada? Quebrada? Pouca sorte!
A Protecção Civil dos Açores não confirmou ainda a existência de mortos, devido ao mau tempo no Nordeste, ilha de São Miguel e às 10h30 (hora local) dá como desaparecidas 2 pessoas e dois feridos.
Embora se temesse pela vida de 3 ocupantes do autocarro que viajava para o Nordeste, a Protecção Civil dos Açores refere que estão duas pessoas desaparecidas e outras duas internadas em unidades hospitalares, uma delas com uma perna partida e a outra com hipotermia.
A informação inicialmente avançada pela Protecção Civil dos Açores era de 3 vítimas mortais e 2 feridos.
Às 10h30, o Presidente da Protecção Civil, Tenente-Coronel António Cunha, afirmou à Antena 1 / Açores que, na realidade, "se tratam de 2 desaparecidos e de 2 feridos".
O autocarro - segundo António Cunha - "foi arrastado por um aluvião para uma ladeira e, o local onde se encontra está a 20 metros, em descida, entra árvores e chuva, o que torna o acesso muito difícil e as comunicações também".
Embora se temesse pela vida de 3 ocupantes do autocarro que viajava para o Nordeste, a Protecção Civil dos Açores refere que estão duas pessoas desaparecidas e outras duas internadas em unidades hospitalares, uma delas com uma perna partida e a outra com hipotermia.
A informação inicialmente avançada pela Protecção Civil dos Açores era de 3 vítimas mortais e 2 feridos.
Às 10h30, o Presidente da Protecção Civil, Tenente-Coronel António Cunha, afirmou à Antena 1 / Açores que, na realidade, "se tratam de 2 desaparecidos e de 2 feridos".
O autocarro - segundo António Cunha - "foi arrastado por um aluvião para uma ladeira e, o local onde se encontra está a 20 metros, em descida, entra árvores e chuva, o que torna o acesso muito difícil e as comunicações também".
Assim chamado por ter o rosto a este vento...e a esta chuva...
O Presidente da Câmara Municipal do Concelho do Nordeste confirmou à Antena 1 /Açores a ocorrência de chuvas torrenciais e lançou um apêlo para que as pessoas fiquem em casa e não circulem nas estradas.
2010-03-01 09:58:08
Numa primeira avaliação, as chuvas torrenciais só provocaram danos materiais, e as estradas do Nordeste da ilha de São Miguel, estão intransitáveis.
2010-03-01 09:41:01
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