terça-feira, 9 de março de 2010

Cortar o mal pela raiz



Havia um salgueiro-chorão, na Lomba da Fazenda, ali mesmo no início da subida para a rua do Arraiado (não é o da foto, mas era muito parecido...).

Foi mandado podar pelo presidente da Junta de Freguesia, após ter recebido queixas de que o dito incomodava e sujava os carros de quem pretendia estacionar no local.

Alguém foi, então, "podar" o chorão, moto-serra (????) em punho; decerto criatura que nada percebe da poda, pois em vez de o podar destroçou-o, decapitou-o, estraçalhou-o - e poderíamos continuar com os verbos, que há mais. Torna-se inútil por redundante.

Perante a minha queixa verbal à autoridade competente e mandadora do acto, e alguns tímidos "mas aquilo volta a rebentar..." depois, ficou mais ou menos no ar que mais valia, já agora, cortar totalmente o chorão, pois ao menos assim ninguém se aperceberia de que a forma como se podam as árvores, por cá, é no mínimo iconoclástica. Não deixei de concordar, pelo menos até certo ponto.

Meu dito meu feito, neste momento já só se vê o toco informe da base do lindo salgueiro. Infelizmente, não posso fotografá-lo.

Mais uma vez foi o "mal" cortado pela raiz.

Pois que o sacrifício da árvore sirva para salvar outras, como sói acontecer (por vezes).

Entretanto, é preciso dizer que o verdadeiro mal não foi cortado, nem pela raíz nem sequer pela rama.

Creio que se torna fácil adivinhar qual é, apesar das raízes bem espalhadas e distribuídas que possui, e mai-las diversas ramadas e vertentes, etc. etc.

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